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Ativistas que lutam contra estupro em zonas de guerra ganham Nobel da Paz

Nadia Murad e Denis Mukwege são importantes ativistas que atuam no Iraque e na República Federativa do Congo.

Por Júlia Warken
Atualizado em 16 jan 2020, 08h12 - Publicado em 5 out 2018, 14h10

Nadia Murad e Denis Mukwege ganharam o Prêmio Nobel da Paz 2018 pela luta que travam contra a violência sexual nas zonas de guerra em que vivem. O anúncio dos vencedores foi feito nessa sexta-feira (5), em Oslo, na Noruega.

Ela é iraquiana e ex-escrava sexual do Estado Islâmico, ele é um ginecologista natural da República Democrática do Congo e trabalha no atendimento a mulheres vítimas de estupro. 

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BREAKING NEWS The Norwegian Nobel Committee has decided to award the Nobel Peace Prize for 2018 to Denis Mukwege and Nadia Murad for their efforts to end the use of sexual violence as a weapon of war and armed conflict. Both laureates have made a crucial contribution to focusing attention on, and combating, such war crimes. Denis Mukwege is the helper who has devoted his life to defending these victims. Nadia Murad is the witness who tells of the abuses perpetrated against herself and others. . . . #NobelPrize #NobelPeacePrize #NobelLaureate #DenisMukwege #NadiaMurad #Peace

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Nadia tinha 21 anos quando sobreviveu a três meses como escrava sexual. Ela faz parte do grupo étnico-religioso yazidi e hoje luta pela dignidade de seu povo, sobretudo das mulheres. Baseado em crenças religiosas, os yazidi são considerados “infiéis” pelo Estado Islâmico.

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Depois de escapar do cárcere, Nadia liderou uma campanha para impedir o tráfico humano e libertar outros yazidi que, assim como ela, foram capturados pelo EI. Essa prática sádica é uma estratégia de guerra e estima-se que 3 mil mulheres e meninas tenham sido vítimas de estupros praticados por membros da organização jihadista.

Em 2016, Nadia foi nomeada embaixadora da Boa Vontade da ONU para a Dignidade dos Sobreviventes do Tráfico Humano.

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Denis Mukwege tem 63 anos e conta com uma vasta experiência no tratamento de lesões sexuais graves causadas por estupro. O ginecologista e sua equipe já atenderam cerca de 30 mil vítimas de violência sexual na República Democrática do Congo.

Depois de décadas trabalhando com pacientes dessa natureza, o médico conseguiu montar um hospital com 350 leitos, uma unidade móvel de atendimento e também um sistema que oferece microcrédito para ajudar as mulheres violentadas a reconstruírem suas vidas. Para tento, ele recebeu financiamento da Unicef e de outros doadores.

O médico já declarou que o estupro é “arma de destruição em massa” e, além de atender milhares de vítimas, ele também é responsável por levantar o debate sobre a violência sexual como arma de guerra.

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The physician Denis Mukwege, awarded this year’s Nobel Peace Prize, has spent large parts of his adult life helping the victims of sexual violence in the Democratic Republic of Congo. Dr. Mukwege and his staff have treated thousands of patients who have fallen victim to such assaults. Most of the abuses have been committed in the context of a long-lasting civil war that has cost the lives of more than six million Congolese. Mukwege is the foremost, most unifying symbol, both nationally and internationally, of the struggle to end sexual violence in war and armed conflicts. His basic principle is that “justice is everyone’s business”. He has repeatedly condemned impunity for mass rape and criticised the Congolese government and other countries for not doing enough to stop the use of sexual violence against women as a strategy and weapon of war. Photo Radio Okapi/Archives. . . . #NobelPeacePrize #NobelPrize #Peace #DenisMukwege

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