Brumadinho: Saiba detalhes do impressionante trabalho dos cães farejadores
Em meio à lama, cada animal faz o trabalho de 20 bombeiros em média. Ao todo, 22 cães farejadores já estiveram em Brumadinho.
O programa “Bem Estar“ dessa terça-feira (5) se dedicou a falar sobre o trabalho dos cães farejadores que estão trabalhando em Brumadinho. Foram recebidos dois bombeiros que estiveram na operação de resgate e busca por corpos no local da tragédia, bem como seus cães.
Eles explicaram já estiveram em Brumadinho 22 cães farejadores, vindos de cinco estados. Até o momento, eles ajudaram a encontrar mais de 30 corpos. Agora, doze dias depois da tragédia, 14 cães continuam no local, a maioria da raça labrador.
“Sem eles seria totalmente inviável encontrar alguns corpos que a gente encontrou”, disse Gabriel Seuma, que é bombeiro e veterinário. Segundo ele, um cão faz o trabalho de 20 bombeiros em média.
Nas áreas em que a lama está relativamente firme, um cachorro consegue realizar a varredura de cinco mil metros quadrados em 20 minutos. Também há espaços em Brumadinho que só puderam ser acessados pelos cães. Além disso, o bombeiro Gerson Ferreira explicou que o farejamento é preciso e que os bichos nunca latem em falso.
Os profissionais não negam que os cachorros ficam estressados e que o desgaste é grande para os animais. Mesmo assim, garantem que o descanso deles é respeitado e que todos passam por um procedimento de limpeza especial após saírem da lama. Isso porque os rejeitos da barragem contém material perigoso para a saúde de animais e humanos.
O trabalho impressionante de cães farejadores sempre gera curiosidade e comoção quando tragédias acontecem. Na semana passada, o cachorro Thor emocionou a web através de um post feito pela página SP Invisível, no Instagram.
“Eu sou o sargento Leonardo, esse aqui é o Thor. O Thor tem cinco anos e tá trabalhando muito, já encontrou um monte de vítimas por aí debaixo dessa lama”, diz o início do depoimento de um dos bombeiros que trabalham em Brumadinho. “Eu já perdi a conta de quantas pessoas ele achou já. Infelizmente, poucas vivas”, continua.
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