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Conheça Sissi, a primeira craque que mudou o futebol feminino no Brasil

Ela fez parte da primeira Seleção Feminina Brasileira, com muitos títulos e resistência na sua conta.

Por Juliana Morales
Atualizado em 15 jan 2020, 14h36 - Publicado em 18 jun 2019, 16h07

Vinte anos depois, nesta terça-feira (18), Brasil e Itália vão se enfrentar novamente em uma Copa do Mundo. O último (e único) encontro das duas seleções em mundiais aconteceu em 1999 – que teve melhor média de público da história da competição. Foi a última aparição das italianas no torneiro mundial até o retorno, duas décadas depois, agora na Copa do Mundo Feminina 2019.

Naquele ano, o Brasil levou a melhor na fase de grupos. Com os dois gols da camisa 10, Sissi, o Brasil garantiu a vitória de 2 a 0 em cima das italianas. Detalhe: um resultado como esse, por exemplo, classificaria o Brasil, pelo menos, em segundo lugar no jogo desta terça.

Mas vamos ao que interessa: a história importante de Sissi, a da dona desse jogo. Pra começo de conversa, ela foi rejeitada logo de cara pelo simples fato de ter o cabelo raspado, sabia?

Sissi, apelido de Sisleide do Amor Lima, é uma das maiores jogadoras da história do Brasil. Camisa 10, ela foi pioneira e craque. Sua resistência pelo futebol começou desde cedo.”Meu pai e meu irmão falavam que esse negócio de bola não era para menina. Só me deixavam brincar de bobinha. Um dia acabei me revoltando. Peguei minha boneca e arranquei a cabeça. Foi assim que comecei a dar meus primeiros pontapés, porque futebol feminino era proibido. Foram vários sacrifícios, mas sempre fui persistente”, contou a ex-jogadora em entrevista ao Globo Esporte.

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A garota cresceu e o talento floresceu junto, levando-a à primeira Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Vestindo a amarelinha, em 1988, disputou o Mundial Experimental, em que o Brasil ficou com a terceira colocação. Foi a artilheira da Copa do Mundo de 1999 com 7 gols – inclusive o “gol de ouro”- de falta – um dos mais bonitos, num jogo contra a Nigéria, além de ter sido artilheira do Campeonato Sul-Americano com 12 bolas na rede. Ah, isso sem falar dos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, e Sydney, em 2000.

No futebol nacional, Sissi foi importante nome na equipe do São Paulo, entre 1997 e 2000, época que o futebol feminino ganhou força por aqui. Conquistou dois títulos no Campeonato Paulista e um do Brasileiro.

Mulher de cabelo curto

Ser mulher no futebol nunca foi fácil. Além da proibição de jogar bola por mais de 30 anos, pelo esporte estar contra a “natureza feminina”, as jogadoras sempre precisaram lidar com os tabus, preconceitos e padrões de comportamento e aparência. Sissi sabe muito bem disso. A jogadora da seleção foi vítima de ataques, após cortar os cabelos parar homenagear uma criança com câncer, que sofreu bullying.

“Tive que escutar um monte de coisa. O fato de ter cabelo curto… todo mundo olhava. Em São Paulo, até não aceitaram que eu participasse de um campeonato. Mas sempre falo para as meninas não deixarem que mudem seus jeitos: “se aceitar do jeito que você é”, declarou neste episódio.

Aos 52 anos, atualmente, Sissi trabalha como técnica de um time de base nos Estados Unidos. Infelizmente, ela não recebe o reconhecimento que merece pelo que fez pelo futebol feminino, mas carrega na sua história muitas vitórias. Dentro e fora de campo. 

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