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EUA: 93% dos assassinos de mulheres são seus parceiros amorosos

Dados divulgados na última semana revelam a gravidade da violência de gênero no país.

Por Giovana Feix
Atualizado em 15 abr 2024, 14h48 - Publicado em 24 jul 2017, 16h27

Está muito enganado quem pensa que países de “primeiro mundo” não sofrem com a violência de gênero. Em pesquisa divulgada na última quinta-feira (20), os Centers for Disease Control and Prevention (CDC), agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, trouxeram dados que desmentem esta noção: dentre os homicídios de mulheres de cujas circunstâncias se tem conhecimento entre 2003 e 2014, os assassinos foram namorados, maridos ou amantes da vítima em 93% dos casos.

Segundo o CDC, foram 10,018 os homicídios de mulheres nos Estados Unidos neste período. 55% dos casos dos quais se conhecem as circunstâncias envolveram violência doméstica. De acordo com levantamento feito pelo Huffington Post norte-americano, cerca de 3 mulheres são mortas diariamente por um parceiro íntimo no país.

Feminicídio no Brasil

Por aqui, os dados a respeito não são melhores. Segundo o Atlas da Violência, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2016, entre 2004 e 2014 foram 42,287 as mulheres assassinadas no Brasil. Neste intervalo de tempo, o número de homicídios de mulheres cresceu absurdos 66,7%.

Leia mais: Questão de gênero é ignorada em 64% de casos de agressão à mulher

É também bastante esclarecedor o Mapa da Violência 2015, feito em parceria entre a Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a ONU Mulheres, a Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e a Secretaria de Políticas para as Mulheres. O relatório mostra que, dos 4.762 homicídios de mulheres no Brasil em 2013, 50,3% foram cometidos por familiares – e, em 33,2% destes casos, o assassino foi um parceiro amoroso ou ex.

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O Mapa da Violência 2015 mostra também que 21,1% dos homicídios de mulheres no Brasil em 2013 aconteceram dentro da casa da própria vítima.

Leia mais: 503 mulheres sofrem ataques físicos a cada hora no Brasil

O termo feminicídio, tradução do inglês “femicide”, tem sido reconhecido oficialmente pela lei brasileira desde 9 de março de 2016 e se refere a um homicídio que acontece justamente pelo fato de a vítima ser uma mulher. A lei 13.104 reconhece o feminicídio como homicídio qualificado e o inclui na categoria de crime hediondo.

Se você conhece alguma mulher em situação de violência doméstica, sua denúncia pode salvar a vida dela. Você pode usar o Ligue 180 para contar o que sabe sobre as agressões – mas também há outros meios para se manifestar. Conheça alguns deles aqui.

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