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Alerta da OMS sobre bacon e processados não é novidade

Alimentos que em nada lembram os produtos que os originam, repletos de corantes e conservantes, não são alimentos de verdade. Você realmente nunca achou que embutidos poderiam causar câncer?

Por Stefanie Silveira (colunista)
Atualizado em 11 abr 2024, 18h05 - Publicado em 29 out 2015, 15h13

Há quase 200 anos, o gastrônomo Anthelme Brillant-Savarin disse que o destino de uma nação depende da maneira como ela se alimenta. De acordo com o Instituto norte-americano de Métrica e Avaliação para a Saúde, o mundo tem hoje 2,1 bilhões de pessoas obesas ou com sobrepeso.

Açúcar, gordura, produtos fortemente industrializados e processados unidos a maus hábitos são os responsáveis por isso. Nesta semana, um alerta da OMS (Organização Mundial da Saúde) instaurou um certo pânico entre as pessoas, alertando para o fato de que carnes processadas como embutidos e bacon estão na mesma classificação de elementos cancerígenos como o cigarro e o amianto. 

Segundo a OMS, 50g diárias deste tipo de produto aumentam em 18% o risco de câncer na região colorretal. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, serão mais de 30 mil casos desse tipo neste ano. A causa do pânico entre as pessoas se deve muito mais à atenção dada ao tema pela mídia em geral do que pela novidade em si. No final do ano passado, o Ministério da Saúde Brasileiro lançou o excelente Guia Alimentar para a População Brasileira onde já defendia a redução do consumo deste tipo de alimento e o favorecimento de produtos não processados, naturais e comprados direto do produtor. 

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Você certamente conhece carne de porco, certo? Pois há alguma parte do porco que se assemelhe à peça de presunto que você vê no mercado? Ou ainda, experimente ir a uma abatedouro e ver a cor da carne do gado. Se parece mesmo com aquela peça vermelha e brilhante do mercado? Alimentos vendidos em bandejas, latas ou caixinhas passam por um processo industrial gigantesco que adiciona a eles uma série de elementos artificiais e cancerígenos, como corantes, conservantes, e sódio, para que eles possam ter a aparência final que vemos na hora da compra.

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É simples entender o processo, basta sair da zona de conforto onde enxergamos os alimentos simplesmente como as belas embalagens que vemos no mercado.

Pense na cadeia alimentar completa. Se aquilo que está no mercado não lembra o produto ao qual ele corresponde na sua origem é porque há um processo muito grande e nebuloso no meio disso tudo. 

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Eu não falei de tostados nem de queimados, é verdade. Alguns reclamaram e muito, tiveram o seu dinheiro devolvido , alguns reclamaram que perderam o tempo e que eu nunca vou poder devolver a hora que perderam comigo. É verdade. Peço desculpas. Espero algum día poder dar algo valioso em troca do tempo perdido. Quem não perdeu a vida a toa foi a minha galinha, companheira de palestra, ela me ajudou e muito a ilustrar o asunto em que acabou se tornando a minha conversa com as pessoas que estavam na minha frente. No final a galinha foi parar nas mãos de uma senhorita sentada bem na ultima fila que antes de saber o que eu ia falar falou EU bem alto e se ofereceu para levar ela para casa, e aproveitar da cabeça aos pés incluindo as penas. ( o desafio era esse) Maria Capai o fez, levou a galinha para casa e fez um trabalho bonito. Aqui as fotos . Desculpas para aqueles que ficaram tão bravos e obrigada a todos os que elogiaram tanto e falaram coisas tão bonitas. Foi um prazer gigante sentar na frente de voces e conversar olhando no olho. Quería fazerlo mais vezes . Tentei falar sobre o prometido mas realmente minha alma falou mais alto e acabei mudando de asunto. Desculpas novamente. E obrigada novamente. @galinhadeangola @paladar @digamaria

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A chef Paola Carosella, recentemente em um evento em São Paulo, levou uma galinha morta para sua apresentação e uma bandeja de peito de frango vendido no mercado. Ela defendeu justamente isso, que precisamos abrir os olhos para a cadeia alimentar como um todo e entender de onde vem o nosso alimento. O cadáver de uma galinha abatida em nada lembra o peito de frango rosado e limpo do mercado. Por que não somos expostos à realidade do que consumimos?

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Com relação à saúde, não somente o consumo de embutidos e processados está relacionado a casos de câncer. Um estudo da Universidade de Harvard, publicado no British Medical Journal, concluiu que há uma ligação clara entre o consumo de carne vermelha e a incidência de câncer de mama. A redução no consumo deste alimento pode representar uma queda de mais de 19% no risco de desenvolver a doença, segundo os pesquisadores. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, entre os fatores que estão envolvidos no desenvolvimento de câncer de mama estão o consumo de carne vermelha, queijos gordos, enlatados, embutidos e processados.  

No livro Devagar, Carl Honoré diz o seguinte: “Em nossa pressa, nós nos alimentamos mal e sofremos as consequências. Os índices de obesidade estão disparando, em parte porque devoramos alimentos processados cheios de açúcar e gordura.” O jornalista Michael Pollan, conhecido pela sua investigação da cadeia alimentar, também explica que precisamos voltar à cozinha para entender os alimentos de verdade.

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Saiba o que você come. Respeite a sua alimentação e respeite o seu corpo. O que você coloca para dentro dele vai definir uma série de questões da sua vida e do entorno dela também.

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