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Pai relata último contato com filho desaparecido em Brumadinho

Família de Everton Gomes, 20 anos, procura pelo funcionário que desapareceu após o rompimento da barragem na Mina do Feijão, em Brumadinho.

Por Da Redação
Atualizado em 16 jan 2020, 01h49 - Publicado em 26 jan 2019, 16h11

Na última sexta-feira (25), o Brasil recebeu a notícia do rompimento de uma barragem da Vale em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Há três anos, o mesmo estado foi arrasado com o maior desastre ambiental já registrada no país, novamente ocasionado pelo rompimento de uma barragem, dessa vez em Mariana.

Segundo informações do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do estado, até o momento 299 pessoas estão desaparecidas e 11 mortos já foram confirmados. A metalúrgica Vale divulgou pela manhã deste sábado (26) uma lista com os nomes de 413 funcionários que trabalhavam na Mina do Feijão e que não foram localizados por telefone pela empresa. Entre eles, o nome de Everton Guilherme Gomes, de 20 anos, que trabalhava na área de engenharia de uma terceirizada.

(Reprodução/Laís Cordeiro/Facebook)

Nas redes sociais, parentes e amigos publicaram fotos e pedidos de ajuda para encontrar o funcionário desaparecido. “Pelo amor de Deus, preciso saber notícias do meu sobrinho”, escreveu a tia de Everton. “Meu primo, meu amigo, que saudade de você”, comentou outro familiar na publicação.

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Em entrevista para a edição brasileira do jornal EL PAÍS, o pai de Everton, Paulo Aniceto, contou que trocou uma última mensagem por WhatsApp com o filho minutos antes da catástrofe em Feijão. Com muito carinho, Paulo conta que já olhou para a última mensagem que trocaram por diversas vezes desde que recebeu a notícia do rompimento da barragem.

(EL PAÍS Brasil/Reprodução)

Às 12h18 de sexta (25), Everton respondeu à mensagem do pai dizendo que estava em Brumadinho: “Eu te amo! Fica com Deus”. Foi então que o pai conseguiu enviar a última mensagem antes do celular do filho perder o sinal: “Papai te ama muito…”. Às 05h30 deste sábado (26), ainda sem notícias, Paulo escreveu novamente “Amo você, meu filho”. Mas a mensagem não chegou ao destinatário.

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O pai conta que essa foi a primeira vez que o filho foi até a Mina do Feijão. Ele costumava realizar os serviços pela empresa em Itabirito, uma cidade próxima de Brumadinho. Foi contratado há cerca de um mês. “Ainda tenho esperanças de encontrar meu filho. Tem que ter fé. Estamos passando para os bombeiros a geolocalização do celular dele, temos que acreditar”, contou angustiado para a reportagem do jornal.

A amiga do desaparecido, Pâmela Pinheiro, também fez um apelo nas redes pedindo pela volta de Everton. “Estou confiante em Deus e sei que está cuidando de todos vocês. Você vai voltar para mim, alegre, feliz e me protegendo do mundo como sempre fez. Eu te amo”.

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