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Quem é Pia Sundhage, a nova técnica sueca da Seleção Brasileira feminina

Com Pia no comando da Seleção feminina, pela primeira vez uma mulher estrangeira será treinadora da equipe brasileira.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 12h34 - Publicado em 25 jul 2019, 10h55

Após a Copa do Mundo Feminina 2019, com Vadão como técnico da Seleção Brasileira feminina e muitas críticas a ele, uma grande mudança está prestes a acontecer. Na última quarta-feira (24), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou que a equipe será comandado oficialmente por Pia Sundhage.

Recentemente, la foi procurada pelo presidente Rogério Caboclo e mostrou interesse na vaga. Mas sempre com a ressalva de que respeitará o contrato com time sueco sub-17, que permanece em vigor até o final do ano. Com a entrada de Pia, essa é a primeira vez que a Seleção será comandada por uma mulher estrangeira. 

A prestigiada carreira de Pia Sundhage

Aos 59 anos, a sueca é referência no futebol feminino, principalmente por ter comandando a Seleção dos Estados Unidos em 2008 e 2012, anos em que o time levou para casa o ouro nos Jogos Olímpicos. Em 2008, a final foi contra o Brasil e as americanas venceram por 1 a 0. Já em 2012, a disputa foi contra o Japão e o placar finalizou em 2 a 1. Também vale lembrar que essa vitória foi uma recuperação do ano interior, quando o time jogou contra a seleção japonesa na Copa do Mundo Feminina 2011, mas perdeu nos pênaltis e ficou como vice-campeão da disputa.

Durante toda essa trajetória com a seleção americana, a técnica mostrou resultados importantes e que trazem felicidade ao imaginá-la como treinadora do time brasileiro feminino. Em 107 jogos comandando a equipe, ela somou 91 vitórias, 10 empates e apenas seis derrotadas. 

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Heather O’Reilly e Natasha Kai comemoram vitória contra o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2008 (Lars Baron / Staff/Getty Images)

Mesmo com o bicampeonato pelos Estados Unidos, a maior parte da história de Pia foi na Suécia. Mais do que treinadora, ela inicialmente entrou em campo como atacante profissional pelo time Falköpings e, mais tarde, passou por Jitex e Östers. Com tais times, ela venceu quatro vezes o Campeonato Sueco (1979, 1981, 1984 e 1989), além de ter também levado o título para casa quatro vezes na Copa da Suécia (1981, 1984, 1994 e 1995).

Quando se fala em Copa, também é importante lembrar que Pia fez parte da Seleção Sueca em 1991, quando o time conquistou o terceiro lugar na primeira disputa mundial. 

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Como treinadora, Pia comandou a Suécia nos Jogos Olímpicos Olímpicos 2016. Ainda que as jogadoras não tenham levado o ouro para casa, o treinamento da técnica deu bons resultados. O time eliminou o Brasil na semi-final nos pênaltis, mas perdeu para a Alemanha na final, por 2 a 1, e ficou com a medalha de prata. 

O posicionamento firme da sueca

Fora do campo, a treinadora tem um posicionamento político forte. Assim como Megan Rapinoe fez este ano, ao negar a visita à Casa Branca após a vitória dos Estados Unidos na Copa Feminina, Pia recusou o convite de George Bush para visitar o local em 2009, um ano depois de o time levar o ouro nos Jogos Olímpicos. Em 2011, depois da seleção americana ser vice-campeã na Copa, ela também negou o convite feito por Barack Obama.

Pia também é assumida abertamente lésbica. Em 2014, ela deu uma entrevista ao The Local” e deixou bem claro que não pretende esconder sua orientação sexual para ser mais aceita. “Se as pessoas me perguntarem sobre isso, eu respondo ‘sim, eu sou gay’ e é assim que é. Eu nunca encontrei nenhum problema para isso como técnica nos Estados Unidos ou em qualquer lugar. Foi difícil quando eu tinha vinte anos, na Suécia, mas mesmo assim eu não me importei. Esta sou eu. Pegue ou largue”, enfatizou a técnica. 

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Ainda no mesmo bate-papo, Pia comentou sobre como ser uma mulher no futebol é difícil – e, infelizmente, continua sendo assim, mesmo cinco anos depois da entrevista. “Depois de 22 anos na Seleção e como técnica, ainda tenho que provar para as pessoas que sei liderar e entendo de futebol. Quando um homem é treinador de um time feminino, ninguém questiona seu conhecimento. Mas se eu me tornar a treinadora principal de uma equipe masculina agora, apesar do fato de eu ter treinada uma equipe olímpica de medalhas de ouro, eu ainda precisaria me provar no primeiro dia, primeira semana e primeiro mês o tempo todo”. 

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