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8 perguntas sobre a síndrome de alienação parental

Tire suas dúvidas sobre a síndrome de alienação parental e entenda por que colocar os filhos contra o ex-parceiro é tão prejudicial para os pequenos

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 07h09 - Publicado em 8 nov 2012, 21h00

Divididos entre as duas pessoas que amam, as crianças ficam impedidas de fazer um julgamento adequado
Foto: Getty Images

Enfrentar uma separação é sempre uma situação difícil, ainda mais quando se tem filhos. Mas descontar a raiva do parceiro colocando as crianças contra ele ou cortando o vínculo, de propósito ou sem querer, pode desencadear problemas psicológicos nos pequenos, que correm o risco de se estender até a fase adulta. Sem contar que essa prática, conhecida como síndrome de alienação parental, se comprovada, pode render multa e até perda da guarda. Para você esclarecer todas as suas dúvidas sobre o assunto, entrevistamos Isa Spanghero Stoeber, terapeuta de casais e famílias.

1. O que é a síndrome de alienação parental?

É quando o pai ou a mãe (geralmente a mulher, porque na maioria das vezes ela recebe a guarda) procura afastar os filhos do outro genitor após ou durante o divórcio. A pessoa tenta provocar nas crianças fortes sentimentos de rancor, ansiedade ou temor em relação ao outro.

2. Que motivos desencadeiam esse comportamento?

São vários: ciúme do ex-parceiro, raiva pelo abandono, desejo de vingança, sentimento de posse sobre o filho, ideia de que pode dar conta sozinho da educação das crianças…

3. Quais são as atitudes mais comuns da síndrome de alienação parental?

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Manchar a honra do outro genitor, desmoralizá-lo, atribuir-lhe muitos defeitos, evitar ou dificultar o encontro com as crianças, discutir na frente delas.

4. Também pode ser considerada uma violência contra os próprios filhos?

Sim, porque, divididos entre as duas pessoas que amam, eles ficam impedidos de fazer um julgamento adequado. Às vezes distanciam-se de ambos, refugiando-se em seu próprio mundo e isolando-se da sociedade. Muitas crianças, inclusive, voltam-se contra o genitor com quem vivem, por acreditarem que ele deveria promover uma aproximação (e não um distanciamento) com quem lhe faz falta.

5. De que forma a criança acaba sendo prejudicada?

Sentir-se usado, abandonado, com raiva ou medo abala a autoestima de qualquer pessoa. Vítimas de alienação parental também podem perder a confiança nos adultos, estão mais sujeitas a sofrer bullying na escola e ficam até mais indefesas diante de abusadores sexuais.

6. É possível identificar uma vítima de alienação parental?

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Crianças nessa situação tendem a se tornar agressivas ou medrosas. Na escola, podem ficar desatentas ou indisciplinadas. Algumas se isolam do convívio social.

7. Como impedir que o pai ou a mãe use as crianças para agir contra o ex-parceiro?

Mostrando as consequências de seus atos. Muitas vezes os filhos parecem lidar bem com a situação, mas na adolescência explodem e transformam-se em jovens rebeldes ou inseguros. Caso o bom senso não prevaleça, a Justiça deve ser acionada. Se ninguém toma uma atitude, a duração da alienação depende do tamanho da raiva, do sentimento de vingança e do amor-próprio ferido. Normalmente, quando a pessoa para com a prática, o estrago já está feito. Isso ocorre sobretudo nos casos em que só o pai ausente reconstrói sua vida com outra pessoa – e os filhos se tornam o instrumento favorito de ataque ao novo casal.

8. É possível blindar os pequenos contra essa situação?

Dificilmente, porque eles veem o mundo a partir do referencial do cuidador mais próximo e não têm forças nem maturidade para se opor a ele. Mas o genitor vítima da alienação parental pode procurar ajuda terapêutica a fim de proteger os filhos, além de denunciar na Justiça essa prática cruel.

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