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A volta às aulas trouxe doenças de pele para as crianças? Saiba como lidar

Especialistas indicam as condições mais comuns, seus sintomas, como tratar e como evitá-las nos próximos verões.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 23h39 - Publicado em 24 fev 2019, 19h17

Férias de verão são marcantes tanto pelos aspectos bons quanto pelos não tão legais assim. Pelo lado super positivo, são dias de muita diversão ao ar livre, seja na praia, na piscina ou em passeios pelos parques e parquinhos da cidade. Pelo ruim, os ambientes úmidos e a aglomeração de pessoas tornam muito mais fácil que doenças de pele acometam as crianças (e muitos adultos também, mas o sistema imunológico em formação dos pequenos faz com que eles sejam as vítimas mais frequentes).

Na volta às aulas, tudo fica superlativo. Condições não contagiosas que estavam incubadas se manifestam, as contagiosas podem se espalhar entre os coleguinhas. Neste momento, é muito importante ficar de olho nos sintomas dos filhos e consultar um dermatologista assim que os notar, para que o tratamento seja feito o mais rápido possível.

Com a ajuda dos médicos dermatologistas Ana Mósca (coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia) e Murilo Drummond e do angiologista Breno Caiafa (presidente da SBACV-RJ – Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro), montamos uma lista das doenças mais significativas deste período, seus sintomas, tratamentos e como conseguem entrar no organismo das crianças –entendendo este último item, fica mais fácil evitá-las nos próximos verões.

Molusco

Super recorrente nas crianças, trata-se de uma infecção causada por vírus. Seus sintomas são uma coceira chata e bolinhas que às vezes são confundidas com espinhas ou gordura. As crianças normalmente pegam molusco pelo contato direto de pele ou pelo uso compartilhado de toalhas e roupas de banho.

O tratamento pode ser tanto medicamentoso quanto de remoção direta das lesões no consultório do dermatologista, por isso a análise do especialista é indispensável – nada de usar um remédio que sua irmã usou no seu sobrinho e deu super certo, pois cada caso é um caso. Não compartilhar toalhas e roupas de banho é a melhor forma de evitar pegar molusco.

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Micose

É a doença causada por fungo mais comum da estação. Seus sintomas são coceira e manchas brancas ou avermelhadas e com escamas. A micose pode ocorrer em qualquer lugar da pele, mas, como os fungos adoram se instalar em locais úmidos e quentes, a doença é mais comum entre os dedos dos pés (frieiras) e em dobras como as da virilha e das axilas. Quem fica sentado muito tempo na cadeira de praia úmida pode ter micose nas costas, no bumbum e na parte traseira das coxas também. Outras formas comuns de contágio são ao usar toalhas de alguém que esteja com micose e ao ficar naquela água parada perto das piscinas de clubes, que podem estar contaminadas pelo fungo.

O tratamento é feito com pomadas e cremes antimicóticos e, em alguns casos, medicamentos receitados pelo dermatologista. As melhores maneiras de evitá-la são: manter o corpo sempre seco, trocar roupas de banho e camisetas/shorts molhados por peças secas na praia ou na beira da piscina e não sentar com o corpo molhado em cadeiras de praia/não sentar em cadeiras de praia que já estejam molhadas.

Impetigo

Infecção bacteriana que atinge as camadas superficiais da pele. Altamente contagiosa, é comum no rosto ou nas extremidades da pele das crianças e aparece no formato de marcas que lembram queimaduras de cigarro com a região ao seu redor avermelhada. Se não for tratada, a doença evolui para uma secreção purulenta que evolui para crostas.

Pega-se impetigo quando as bactérias se alojam em picadas de insetos, cortes e arranhões abertos, por isso é importante orientar as crianças a não coçarem picadas e também manter os machucados sempre protegidos por curativos. O tratamento é feito com antibióticos em creme ou pomada.

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Bicho geográfico

Muito comum em quem passa a temporada na praia, já que a areia é um dos lugares favoritos da larva migrans, que causa a infecção. A larva anda debaixo da pele e vai deixando marcas elevadas e avermelhadas, que causam coceira, pelo caminho percorrido. O resultado parece contornos de mapas, daí o nome “bicho geográfico”.

Não há exatamente uma forma de evitar ter a doença, já que não se sabe em que ponto da areia haverá a larva e ninguém vai deixar as crianças de galochas na hora da brincadeira, né? O jeito é correr para o dermatologista ao notar o começo dos sintomas e fazer um tratamento com pomada antiparasitária.

Brotoeja

Quase todas as crianças já tiveram: são aquelas bolinhas vermelhas que causam coceira e aparecem em locais do corpo abafados por roupas ou pelos cabelos, como nuca, axilas, dobras internas dos cotovelos e dos joelhos. É tratada com talcos e pomadas receitadas pelo dermatologista e podem ser evitadas ao manter a pele arejada, com roupas larguinhas e de tecidos naturais, como algodão, e cabelos presos.

Erisipela

Para fechar nossa lista, uma infecção causada pela bactéria Streptococcus. É uma doença circulatória que tem como sintomas febre alta, vermelhidão e inchaço. O contágio se dá quando a bactéria consegue entrar na pele por algum arranhão ou ferimento, e é mais comum no verão por causa da umidade, que favorece a proliferação de fungos que podem causar as lesões cutâneas (as frieiras, por exemplo) que servem como porta de entrada.

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Para evitar a doença, o melhor caminho é manter a pele protegida contra lesões, como indicado quando falamos de micose, e os eventuais machucados cobertos. O tratamento da erisipela é feito com antibióticos receitados pelo dermatologista.

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