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Aprendi o valor de me exercitar com minhas duas cadelas

Depois de perder o pai e a mãe, Catarina Areoso começou a se exercitar com suas duas schnauzers, abriu o Clubinho Pet e aprendeu o valor de compartilhar suas atividades com os animais

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 01h34 - Publicado em 17 set 2014, 21h00
Aprendi o valor de me exercitar com minhas duas cadelas

Penélope, à frente, Catarina e Minnie, logo atrás, em uma caminhada pelo Parque Ibirapuera, em São Paulo
Foto: Tomás Arthuzzi

Para a empresária Catarina Areoso, passear com Penélope e Minnie, ambas de 6 anos, é, na prática, uma espécie de combo de bem-estar. Cati, como os amigos a chamam, faz da caminhada um treino completo, com carga de esforço programada tanto para ela quanto para o pequeno porte das schnauzers. “Caminho em torno de meia hora durante a semana e por duas horas nos fins de semana. Por uns 20 minutos, ando no passo delas. Respeito o comportamento normal dos cachorros quando passeiam: eles param, têm curiosidade com o ambiente, cheiram, fazem suas necessidades e se comunicam a seu modo com outros animais”, explica Catarina, 39, ressaltando que, após esse aquecimento, passa a caminhar em um ritmo mais constante. “É o exercício mais disciplinado que faz bem, do contrário seria só passeio. Já faço isso há uns cinco anos. Percebo que são nítidas as diferenças na postura, na agilidade, no jeito de andar, na respiração e na disposição entre cachorros que têm uma prática de exercícios físicos e aqueles ociosos. Penélope faz 5 quilômetros na corrida. Minnie só meio percurso, porque é gordinha. Mas a caminhada é essencial para a manutenção de seu peso. No meu caso também”, completa Catarina rindo. “A gente acaba se obrigando a fazer a caminhada por saber que é importante para o animal. Torna-se um hábito e uma motivação extra. Com a caminhada apoiada por dieta (além de balé e academia), já cheguei a perder 6 quilos”, conta.

A professora Gabrielle Palmieri, 29, personal trainer, aprova o método. “Normalmente, quem tem animal de estimação deve levá-lo para passear. Por que não transformar o hábito no próprio momento de treino?”, propõe Gabrielle. Catarina Areoso avalia que, tanto no treinos como em casa, é fundamental “interpretar” as vontades e observar os cuidados com os cães. Ela conta que, em 1986, aos 11 anos, ganhou a primeira cadela, uma poodle pretinha, de nome Nina. A partir daí, a empresária não abriu mão de manter um animal de estimação. “Sabe quando se está cansado do trabalho, do trânsito, da vida ou de qualquer problema que seja? Normalmente aquele seu estado de irritação se estenderia. No meu caso, ao chegar em casa sou presenteada com uma alegria imensa e a maior ‘festinha’. Não tem como não sorrir e não ficar feliz nem que seja por um breve momento.”

Aprendi o valor de me exercitar com minhas duas cadelas

Catarina dormindo com Penélope: “Ela fica tão quietinha que a gente até esquece que ela está na cama”. Ao lado, Roberto, marido de Catarina, com as duas filhas, de ‘orelhinhas’, na comemoração da Páscoa de 2010
Fotos: Arquivo pessoal

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Casada há 11 anos com o publicitário Roberto Burgess, 39, Catarina estudou no Colégio Rio Branco, formou-se em administração na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), fez pós-graduação na FGV (Fundação Getúlio Vargas) e trabalhou nas áreas financeira, comercial e de marketing de grandes empresas. Aos 28 anos, mudou-se para Barcelona, onde morou por cinco anos. A intensa atividade e uma consciente escolha pessoal a levaram a não ter filhos. “Foi uma opção. E com nossas duas ‘meninas’ somos uma família/matilha muito feliz”, conta ela, que mora em Higienópolis, bairro de São Paulo que considera amigável para cachorros. “Lá eles são muito bem-vindos em restaurantes, shoppings e parques”, afirma.

As caminhadas com as cadelas começaram após um drama familiar. Há quatro anos, Catarina perdeu o pai e em seguida a mãe. “Os psicólogos dizem que o período de luto de uma pessoa dura em torno de três anos. Realmente, foi o tempo que levei para me recuperar. Entrei em um mundo à parte no qual fui fazendo as coisas meio por inércia. Naquela época, eu queria ficar bastante tempo sozinha, passei longos períodos na praia, mas nunca dispensei a companhia da Penélope e da Minnie. Sempre as levava comigo e foi então que adquiri o hábito de fazer longos passeios com elas.” A parceria em um momento tão delicado a levou a valorizar ainda mais a convivência com as duas schnauzers e a conhecê-las melhor. “Penélope tem um temperamento bem complexo. É mandona, pimentinha, preguiçosa, ‘madame’ e esportista, porém supermedrosa. Já Minnie é zen. Sempre feliz, calma, gosta de todas as pessoas, de todos os animais”, define. Ambas sabem comunicar perfeitamente suas vontades, segundo ela. “Entendem praticamente tudo. Quando são elogiadas, quando levam bronca, quando estou triste ou feliz.”

Foi ao voltar à rotina da cidade e ao trabalho, após o período de luto e de maior disponibilidade na casa de praia, que Catarina percebeu que as cadelas precisavam de algo mais. Chegou a levá-las duas vezes por semana a um centro de day care para cães. “Era alguma coisa que eu, por falta de tempo, não poderia dar naquele momento”, diz Catarina. Tempos depois, amadureceu a ideia de criar algo que desse mais qualidade de vida a Penélope e a Minnie e suprisse essa necessidade de outras pessoas. Há um ano, surgiu o Clubinho Pet. “Construímos um lugar muito legal, onde outros bichinhos podem ser muito felizes e brincar, enquanto seus donos estão trabalhando. É onde eles passam o dia se divertindo e que hoje preenche minha vida e me faz muito feliz.”

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Assim como o clube derivou de sua atenção ao bem-estar de Penélope e Minnie e dos demais “sócios”, Catarina preocupa-se com os cães em geral. “É necessária uma política de responsabilidade e conscientização quando se adquire um animal. Às vezes, vejo pessoas que se esquecem de que os animais têm necessidades que você deve suprir. Eles precisam gastar energia”, afirma.

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Aprendi o valor de me exercitar com minhas duas cadelas

Catarina na praia, em 2011, com as meninas Penélope (ao centro) e Minnie (à direita) e a participação da mãe da primeira, Marie Claire (à esquerda)
Foto: Arquivo pessoal

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