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Como ajudar o seu filho a ter sucesso naturalmente

Os pais querem que o filho se destaque na escola, no esporte, no curso de línguas... Mas exigir que ele seja o melhor em tudo pode transformá-lo numa pessoa insegura. Veja como ajudá-lo a se dar bem sem tanto stress

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 23h17 - Publicado em 28 Maio 2013, 21h00

Ele precisa ser um superfilho?
Foto: Getty Images

Numa sociedade em que a concorrência é cada vez maior, a tendência é os pais se preocuparem demais com o desempenho dos filhos. Daí, matriculam a criança ou o adolescente em várias atividades além da escola. Ok, não há nada de errado em investir na educação, já que ela fará diferença no futuro deles. O problema é quando a busca pelo filho perfeito tem a ver também com a vontade dos pais transformarem a garotada numa versão mais bem-sucedida de si mesmos. Nesse caso, as exigências são duras. “Pais competitivos demonstram dificuldade em aceitar que o filho tenha limitações e preferências”, acredita o psiquiatra e psicoterapeuta Gabriel Magalhães Lopes, especializado em infância e adolescência, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP). “Muitos se sentem realizados só quando o filho fica em primeiro lugar, porque encaram como se fosse a própria vitória”, completa a psicóloga Patricia Spada, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Insegurança à vista

Se a criança ou o adolescente forem cobrados em excesso, podem desenvolver uma série de problemas. O principal é a baixa autoestima. Como é impossível manter-se no auge o tempo todo, eles se frustram. Além disso, o espírito de rivalidade se torna exacerbado, interferindo na capacidade de estabelecer vínculos positivos com pessoas da idade deles. A criança indica que está sendo cobrada além dos limites quando apresenta: sonolência, irritabilidade, agressividade, isolamento, indisposição, aumento nos níveis de ansiedade e insegurança (esse sentimento é percebido quando o pequeno passa a perguntar se o que eleestá fazendo é correto, ou busca aprovação para tudo). No caso dos adolescentes, eles também demonstram irritabilidade e sonolência, no entanto os sintomas mais comuns são: isolamento, tristeza e mudanças nos hábitos alimentares (passam a comer muito ou pouco).

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De bom tamanho

Diante desses sinais, há duas coisas a fazer: primeiro, diminuir o grau de exigência e, segundo, aliviar a agenda da garotada. Pensar que os filhos têm que se sair bem em todas as atividades é um erro. Uma pesquisa realizada pela Universidade East Anglia, na Grã-Bretanha, mostrou que o ócio na infância é essencial para desenvolver a criatividade. Para chegar a essa conclusão, foram entrevistados dezenas de artistas que contaram o que faziam quando eram pequenos. O ponto comum entre eles: tempo livre! É preciso ficar atenta para não preencher tanto o dia dos filhos a ponto de minar a diversão ou prejudicar as atividades de rotina. “Às vezes, o rendimento deles cai ao se sentirem pressionados”, diz Patricia. Escutar o filho também é essencial. “Se ele reclama que está cansado, os pais devem respeitar”, completa a psicóloga.

Pai e mãe em sincronia

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O casal tem que compartilhar a mesma opinião. Os pais precisam decidir o que fazer em todas as situações antes de comunicar qualquer coisa ao filho. Se uma parte acha que deve cobrar mais e a outra não, o casal tem que afinar o discurso. Do contrário, o filho fica inseguro. Pior: “Quando o casal se divide, a criança também reparte a família em dois blocos e corre para um ou outro segundo as suas necessidades”, diz a psicopedagoga e neuropsicóloga Ana Paula Macchia, do ABC Aprendizagem Centro Interdisciplinar, em Santo André (SP). Se o seu filho, por exemplo, quer parar de estudar para ver TV, ele busca a parte menos “cobradora”. Para adiar o banho, alia-se à figura permissiva dizendo que vai estudar mais umpouco. “Pai e mãe devem tomar uma posição juntos e firmá-la assim: ‘nós decidimos que…’, ou ‘nós queremos que…'”, conclui ela.

Nota 10?

Tirar sempre a nota máxima na escola não significa que a garotada esteja aprendendo tudo. Segundo a psicóloga Patricia Spada, ela pode apenas ter encontrado uma fórmula para responder corretamente às questões, sem necessariamente absorver o conteúdo. “Além disso, tirar nota boa deve serresponsabilidade do filho, não dos pais. Desde cedo ele tem que se tornar responsável pelo próprio desempenho”, completa. Mas pai e mãe precisam, claro, acompanhar as atividades e cobrar responsabilidade e disciplina. “A nota é consequência. Exigir somente o 10 transforma o filho num perseguidor de resultado, pouco preocupado com o processo”, explica a neuropsicóloga Ana Paula.

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Dicas valiosas

· Valorize o talento dele.

· Descubra o que ele tem de único e estimule. Para isso, preste atenção ao comportamento dele. Se a criança ou o adolescente se motiva mais para uma prática, pode ser sinal de que tem potencial para a área.

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· Resista à tentação de achar que você tem total poder sobre o futuro dele.

· Os filhos têm preferências, que devem ser respeitadas. É preciso perceber se, no fundo, você não está atendendo apenas as suas demandas.

· Não faça comparações.

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· Seu filho não precisa ser tão bom quanto o irmão, ou melhor que a criança da vizinha. Se um vai bem em matemática e o outro não, veja a possibilidade de eles se ajudarem em vez de estimular a competição entre ambos.

· Seja positiva e evite comentários negativos.

· Pode ser diante de uma nota baixa ou da dificuldade do seu filho em ser o melhor em alguma coisa. Dessa forma, você não o deixa se sentindo incompetente.
 

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