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Das novelas para a vida real: conheça melhor o autismo, o distúrbio da personagem Linda

Na novela Amor à Vida, da Rede Globo, a atriz Bruna Linzmeyer vive seu personagem mais desafiador, Linda, uma garota autista. Confira fatos interessantes sobre a síndrome e saiba como deve ser o tratamento

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 11h53 - Publicado em 17 nov 2013, 21h00

“Quando soube que faria a Linda, passei semanas numa clínica especializada. Fazia as atividades e conversava bastante com os autistas e com as pessoas que estavam à volta deles. Os autistas são ingênuos, desapegados, muito sinceros, não entendem nossa sociedade de aparências.” Bruna Linzmeyer, atriz
Foto: Rede Globo / Divulgação

É bem possível que você conheça algum autista. Afinal, o número de casos não para de crescer. Atualmente, uma criança em cada 90 apresenta essa condição. “Não se sabe por que esse número vem aumentando tanto: se estão sendo feitos mais diagnósticos ou se realmente há mais pessoas afetadas”, afirma a neuropediatra Marilisa Guerreiro, coordenadora do Departamento Científico de Neurologia Infantil da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

Sabe-se que o autismo tem origem neurológica e atinge quatro meninos para cada menina, mas a medicina procura uma resposta sobre o que exatamente causa o problema. “Acreditamos que seja uma falha nas conexões entre as células do cérebro, os neurônios”, explica a especialista. Não existe cura, mas remédios e terapias ajudam no desenvolvimento da criança. Quanto mais cedo o distúrbio for descoberto, melhor.

Como é o tratamento?

Ao desconfiar de que a criança tenha autismo, procure um neurologista ou psiquiatra. As chances de melhorar são maiores se o tratamento for iniciado logo. “Podem ser usados medicamentos e, geralmente, a criança precisa fazer acompanhamento com fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e pedagogo”, explica Marilisa.

Quem tem um filho autista pode ter outro?

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Existe um componente genético grande no autismo, o que significa que o distúrbio pode ser “herdado” por mais de um membro da mesma família. “É por isso que casais com um filho autista apresentam uma chance um pouco maior do que o restante da população de ter outro com a mesma condição”, alerta Marilisa. Ela explica que famílias com pessoas portadoras de outros distúrbios psiquiátricos também apresentam um risco maior de ter crianças autistas.

4 fatos interessantes sobre o autismo

1. Embora não existam evidências científicas, algumas famílias têm relatado melhora do quadro após retirar alimentos com glúten da dieta dos autistas.

2. Autistas têm uma sensibilidade diferente. Alguns sentem menos dor quando se machucam. Isso acontece, provavelmente, por causa de falhas de comunicação entre as células do cérebro, os neurônios.

3. Um a cada três dos pacientes também sofre de epilepsia e precisa tomar remédios para não ter crises de convulsões.

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4. Algumas pessoas defendem que a grande quantidade de vacinas tomadas atualmente no início da vida teria relação com o aumento de casos de autismo. Mas não há comprovação científica sobre esse fato.

Como é o autismo? 

É um transtorno que se manifesta de maneiras diferentes. Mas existem três características mais comuns:

· Isolamento: a criança sente-se melhor quando está sozinha.

· Preferir sempre as mesmas coisas. Ela tem uma brincadeira favorita e não varia nunca.

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· Dificuldade de se comunicar. Em alguns casos, a criança não fala nenhuma palavra ou repete frases sem sentido. Também não consegue se expressar bem por gestos ou pelo olhar.

Quando desconfiar de que a criança tem o problema?

Curiosamente, as crianças autistas costumam se desenvolver normalmente até os 2 ou 3 anos de idade. A partir daí, aparecem sinais específicos:

· Não olhar as outras pessoas nos olhos.

· Não reagir quando alguém chama pelo nome.

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· Ter a expressão do rosto sempre igual.

· Fazer movimentos repetitivos com as mãos.

· Gostar de objetos que se movimentam em círculos.

· Ficar incomodada com barulhos ou luzes intensos.

· Não reagir bem quando é tocada por alguém.

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· Ser bastante agitada na maior parte do tempo.

· Apresentar reações descontroladas e sem sentido, como cair no choro sem motivo.

Todo autista é igual? Não. Em termos de intensidade, eles podem ser divididos em três grupos:

Quadros leves

As dificuldades são pequenas e, com o estímulo correto, a criança pode se desenvolver e frequentar uma escola comum. Muitas têm inteligência acima da média, às vezes com ótima memória e talento para a matemática.

Quadros moderados

As crianças desse grupo já apresentam mais limitações. Algumas podem ir à escola e conseguir avançar na aprendizagem se receberem atenção diferenciada.

Quadros severos

São bastante dependentes e costumam ter inteligência abaixo do normal. Precisam de acompanhamento intenso e devem frequentar aulas especiais.
 


 

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