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Ensine seus filhos a viver bem em sociedade

É papel da escola e dos pais educar as crianças para viver bem em sociedade. Veja como fazer isso na prática, pois um mundo melhor é construído por pessoas melhores

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 16 jan 2020, 10h36 - Publicado em 27 ago 2012, 21h00

A formação dos pequenos cidadãos começa no nascimento e vai até os 6 anos
Foto: Getty IMages

Esperar sua vez na fila, recolher as fezes do seu cachorro na calçada, atravessar a rua na faixa, dizer com licença, obrigada, desculpe e por favor. Tudo isso é parte do conceito de cidadania, um conjunto de atitudes que nos permite viver melhor em sociedade e que precisa desde cedo ser apresentado às crianças. “Tenho sentido falta da chamada boa educação, que envolve tanto cidadania como gentileza, respeito e atenção”, avalia a psicopedagoga Lia Rosenberg. “Hoje, o foco tem sido mais nos direitos individuais. O que é um grande progresso, mas está faltando enfatizar os deveres: educação no trânsito, na fila e até mesmo na internet”, completa.

Tempo de aprender

A formação dos pequenos cidadãos começa no nascimento e vai até os 6 anos. Esse período é a base para todas as aprendizagens humanas. Desde cedo, é indispensável reservar um espaço na educação para transmitir valores como solidariedade e tolerância. Em casa, as crianças aprendem por observação. “Elas percebem a interligação entre os papéis de cada pessoa da família e como o bem-estar depende de todos”, comenta Maria Irene Maluf, psicopedagoga especializada em neuroaprendizagem. Essa noção é ampliada na escola, mas, se a criança não vivenciou esses princípios com os pais, terá dificuldade em assimilar as mesmas questões em outro ambiente.

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Na hora de passar esses valores, o exemplo é tudo. “Criança faz o que vê o adulto fazer”, enfatiza Lia. Se os pais respeitam os sinais de trânsito, por exemplo, ela começa a compreender como as leis são aplicadas no dia a dia. Em família, o caminho é estabelecer uma atmosfera de respeito, carinho e atenção às diferenças (o que gosta de comer, como gosta de fazer lição, qual o programa favorito etc.). “Mas toda atitude tem de ser de verdade, porque a criança capta as nuances do que os pais estão dizendo ou sentindo”, avisa Lia. Isso implica jamais mentir, mesmo nas situações mais complicadas. “Você pode dizer não sei, mas contar uma mentira é algo perigoso. Quando a criança descobre a verdade, os pais perdem toda a credibilidade”, alerta a psicopedagoga.

Cooperar faz parte

Mostrar para o pequeno que o mundo é feito de muitas pessoas, com necessidades diferentes, e que ele é parte desse todo – e não o centro – é um aspecto fundamental para ensinar cidadania. Os psicólogos sugerem que, em casa, os pais passem a ideia de que a família é uma equipe, portanto, cada um deve colaborar. Depois das refeições, por exemplo, é comum ver crianças levantando da mesa e indo brincar, enquanto os pais retiram os pratos e objetos. Nessa hora os pequenos podem e devem contribuir! Na escola, a cooperação também tem de ser incentivada entre colegas: “Trabalhar de uma maneira interativa encoraja a aprendizagem de todos e incentiva a percepção de que a criança está inserida numa comunidade e que deve estar sempre atenta para fazer sua parte”, diz Maria Irene.

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X da questão

Cidadania é o direito de ter direito. Ou seja, saber o que é certo e errado, para si e para os outros, e a partir daí respeitar as regras e lutar para que elas funcionem na prática, sempre.

Lições de casa

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· Incentive a compreensão do trabalho em grupo solicitando colaboração em tarefas simples, como molhar as plantas, tirar a mesa do jantar ou guardar os brinquedos.

· Ensine solidariedade em pequenas atitudes: ajudar o irmão menor, visitar a avó doente ou um abrigo para crianças carentes.

· Exercite o diálogo sempre que possível. Debater, discordar e protestar são princípios da cidadania. As crianças, em geral, não sabem o que é negociar e usam argumentos imaturos. Cabe aos pais provocar o debate para que elas digam o que pensam e, depois, concordar ou não.

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· Mantenha as regras claras, assim todo mundo na casa saberá que existe um preço a ser pago por “desrespeitar a lei” e que o comporta-mento de cada um afeta o bem-estar geral.

· Recompense pelas boas atitudes e, dessa forma, incentive o pequeno a repetir o bom comportamento. Ele perceberá que tudo tem consequência: afinal, também é punido quando se comporta de forma inadequada.

Deveres da escola

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· Deixar evidente seu plano de educação para a cidadania. Quase todas as escolas possuem um projeto sobre o assunto, informe-se com o diretor ou coordenador. Ou simplesmente vá alguns dias à escola e observe – a visão deles virá à tona.

· Ensinar a conviver com diferenças de todo tipo. Um exemplo: promover a convivência entre alunos de classes sociais, raças e religiões diversas.

· Estimular a participação das crianças em decisões que envolvam todo o grupo, com debates e votações. Mesmo pequenas, elas podem aprender a expressar suas opiniões, seja ao escolher o destino de um passeio, seja ao criar um jardim. É uma maneira de treinar a democracia.

· Reagir a situações polêmicas segundo o que ensina. Se há uma briga entre alunos ou algum tipo de discriminação, veja como a direção se comporta: faz vista grossa ou não toma partido, mostrando contradição entre ensino e prática, ou age?

· Punir qualquer sinal de agressividade por parte de alunos ou professores, de maneira que todos saibam que aquela atitude não é tolerada.
 

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