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Ganhei um marido de Natal

O Papai Noel deu uma ajudinha para eu e o Roberto nos cruzarmos. O resultado foi uma família linda e muitos anos de união e amor

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 10h08 - Publicado em 11 dez 2008, 21h00

O Roberto tropeçou e caiu em cima de mim. Bendito buraco em Madureira!
Fotos: Dani Prates

Compras de Natal em Madureira, bairro do subúrbio do Rio de Janeiro famoso pelo comércio popular. Ninguém merece! Aquele povo todo se esbarrando, gente pra todo lado, uma coisa horrorosa! Mas os preços lá são ótimos e minha mãe insistiu pra que eu fosse com ela. Contrariada, saí de casa sem produção nenhuma: bermudinha, top e, nos cabelos, um bico-de-pato.

Sabia que ia passar raiva naquele dia. Não deu outra. Um cara estava saindo de um shopping e caiu com os presentes na minha cabeça. Ele não havia visto um buraco na calçada. Olhei pra cara dele, chutei uma caixa da Barbie caída no chão e disse, brava: “Não olha pra onde anda?” E fui embora, bufando.

Seguimos para lados opostos e eu comentei com a minha mãe: “Que cara idiota!” Tomei outros dois encontrões e, no terceiro, pensei: “Não é possível, tá todo mundo esbarrando em mim!” Quando olho, era aquele mesmo cara do buraco. Ele tinha gostado de mim e ficou esbarrando de propósito pra chamar a minha atenção. Então olhei bem fundo naqueles olhos azuis e passei a achar que Madureira não era tão ruim assim.

Bilhetinho sorrateiro

Continuei minha saga de compras até que, de repente, todo mundo começou a correr. Era a polícia atrás dos camelôs. A confusão foi tanta que perdi de vista o tal rapaz. Mas continuei procurando por ele o dia todo. Nada. Então eu e minha mãe decidimos ir embora e, no caminho, paramos para comer cachorro-quente. Quando fui dar a primeira mordida, olhei pro ponto de ônibus e nem acreditei: ele estava lá.

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Rolou uma troca de olhares, mas ninguém tomou a iniciativa. Então, quando passei por ele para ir embora, o rapaz pôs um bilhetinho na minha mão. No papel, seu nome e telefone. No dia seguinte liguei pro trabalho do Roberto, mas ele estava de férias. Guardei o papel na agenda, anotei o número e deixei pra lá.

Ele foi um presentão

Quarenta dias depois decidi escrever uma carta a uma amiga. Abri a agenda por acaso na letra R e ao mesmo tempo o papel com o telefone do Roberto caiu na minha mão. Coincidência? Resolvi ligar.

– Oi, Roberto. Eu sou a menina de Madureira…

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– Jura? Pensei que você não se lembrava mais de mim!

Marcamos de nos encontrar naquela semana, num shopping. A gente ficou e ele quis me acompanhar até o carro do meu pai, que ia me buscar. Conheceu meu pai já no primeiro dia, coitado! E foi submetido a um verdadeiro interrogatório. Até o CPF do Roberto meu pai anotou pra ver se ele tinha a ficha limpa na polícia!

Mas o Roberto não se intimidou e começamos a namorar naquele mesmo dia, 31/01/1992. Casamonos três anos depois e hoje temos dois filhos, Letícia e Gabriel. Depois ainda dizem que Papai Noel não existe! Quem mais poderia trazer o amor da minha vida de presente de Natal?

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