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Palmada: será que realmente educa?

Palmada para educar provoca dúvidas e perturba os pais. Muitos acabam batendo, outros não gostam nem de pensar nisso. Com a palavra, Supernanny e outros especialistas!

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 05h18 - Publicado em 30 abr 2014, 21h00

É importante que os pais tenham a voz no comando e sejam autoridade na vida dos filhos.
Foto: Getty Images

Pai puxando a orelha do filho no shopping, criança levando palmada. Você já deve ter visto ou vivido isso. Muitas crianças viram adultos com essas cenas na memória. Carolina Dieckmann é uma. “Meu pai me dava palmadinhas, mas não me fez mal. Eu já dei no meu filho Davi. Não sou a favor ou contra. O problema está na violência como são dadas”, diz a atriz. Veja a opinião de especialistas como a educadora Cris Poli, a Supernnany do SBT.

 

Bater nunca, jamais!

Há quem rejeite com todas as forças esse tipo de comportamento. “Palmada não educa nunca, simplesmente põe fim pela violência a um comportamento que o pai não conseguiu resolver de outro jeito. O castigo físico sempre machuca. Em maior ou menor grau, ele deixa marcas negativas na vida dessa pessoa”, explica a educadora Cris Poli, a Supernanny, do programa do SBT. Para ela, não existe idade, nem situação aceitável para a palmada. Além disso, ela conta que a “palmadinha educativa” não existe e que qualquer ato de violência pode deixar a criança com diversos problemas quando adulta. Muitas vezes, cresce achando que esse é o melhor método para resolver todos os problemas. Para a educadora, os pais precisam ser firmes e convictos de que bater não é o melhor método para impor limites aos pequenos.

 

Veja abaixo as lições da Supernanny para educar os filhos sem violência:

. Tenha voz de comando, os pais são autoridade na vida dos filhos.
. Estabeleça regras de comportamento bem claras e objetivas, é responsabilidade dos pais dar educação e limite aos filhos.
. Estabeleça uma rotina diária para a criança se sentir mais segura.
. Brinque todos os dias com os pequenos.
. Respeite os filhos para ser respeitada também.
. Tenha autocontrole, educar não é tarefa fácil e exige esforço da parte da mãe e do pai.
. Muita paciência e dedicação são as chaves para obter o sucesso.
. Aplique o método do cantinho da disciplina.
. Se o pequeno obedecer às regras, dê algo depois, como incentivo.

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Às vezes, dar um tapinha de leve, quem sabe não faz bem…

Muita gente acredita que uma palmada de leve pode ajudar em alguns casos. “Às vezes, com crianças pequenas que perdem o controle, qualquer tipo de contenção física pode ajudar”, afirma a psicóloga Andreia Calçada. Aquele tapinha – bem de leve – no bumbum, por cima da fralda, para a especialista, também é aceitável quando a criança estiver em um acesso de birra. É importante lembrar que esse tipo de atitude não pode se tornar um hábito e que exista um controle dos pais. “A lei serve para os pais que podem perder o limite da raiva, espancando e ferindo uma criança. Serve como prevenção a este tipo covarde de ataque”, explica a especialista.

Mesmo acreditando que em alguns casos a palmada poderia resolver, a psicóloga afirma que qualquer tipo de ação com violência e com o intuito de humilhar pode gerar problemas psicológicos no futuro adulto.

 

Confira dicas de Andreia para educar sem precisar partir para a agressão:

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. Fale com ele sempre olhando nos olhos.
. Ao impor limites, cobre-os com firmeza, mas sem gritar.
. Observe a sua atitude. Exemplo é melhor do que discurso. Que tipo de exemplo você dá aos seus filhos?
. Escute o que a criança tem a dizer.


Pais que batem nos filhos podem ser condenados

O presidente Lula assinou o projeto de lei, que modificou o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente. De acordo com a advogada Márcia Velasco, agora os pais que realizam castigo corporal ou punem seus filhos usando a força física serão condenados.

As penas são: advertência, encaminhamento a programas de proteção à família e orientação psicológica. Se continuarem com a violência, a autoridade judiciária pode até afastar a criança deles. Essa pena será aplicada por meio de denúncia de testemunhas. Vizinhos, parentes e colegas de trabalho podem fazer a denúncia ao Conselho Tutelar.

Para os que passam dos limites, as lesões graves já estão incluídas no Código Penal. A legislação define de um a quatro anos de prisão para quem “abusa dos meios de correção ou disciplina”, com agravante se a vítima for menor de 14 anos.

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