Guia para superar o divórcio
É possível transformar a frustração do divórcio em superação - e seguir adiante muito mais feliz e poderosa
Ignore as opiniões alheias, concentre-se em superar o baque do divórcio e dê a volta por cima!
Foto: Getty Images
Deixe os outros para lá
Aos sentimentos de impotência e frustração costumam somar-se o constrangimento de dizer-se ”divorciada”. Afinal, se você própria acredita não ter sido capaz de ”segurar um casamento”, imagine o que os outros vão pensar. Pois deixe essa insegurança de lado! ”Só os envolvidos podem justificar um divórcio. Ignore as opiniões alheias”, aconselha a psicóloga Karen Camargo, de São Paulo. Uma dica para vencer esse preconceito é espalhar logo a notícia. Dessa forma, você facilita o processo de resignação e retira seu estado civil da condição de vergonhoso.
Dê tempo ao tempo
”Quem se divorcia vive questões muito próximas ao luto. ‘Enterra’ uma série de expectativas não concretizadas, sofrimentos, desilusões”, explica Karen. Portanto, a recuperação não acontece de um dia para o outro. ”Embora o tempo de restabelecimento varie de pessoa para pessoa, de uma maneira geral, um ano é um bom período para se reconstruir a vida”, complementa a psicóloga.
Concentre-se no presente
Enquanto digere os traumas do fim da relação, vá excluindo da sua frente – e da sua vida! – objetos que lembrem o ex. Isso inclui desde uma poltrona até um vestido adorado por ele. Nesse momento de análise da relação e, conseqüentemente, de si mesma, você também deve dar um novo significado a seus valores, gostos, opiniões e sonhos.
Não tema mudanças
Poucos momentos são tão propícios a transformações pessoais quanto o fim de um relacionamento. Assim, aproveite para cortar os cabelos, arriscar um novo tom de esmalte, comprar um vestido mais justo… Mudanças são bem-vindas, basta respeitar a regra do equilíbrio. Ou seja, não radicalizar de um dia para o outro mas também não se apegue ao passado como única alternativa de felicidade.
Exija menos de você
Ligou para o ex numa noite solitária? Tudo bem. Sentir-se confusa é normal e tomar atitudes das quais mais tarde poderá se arrepender também. Procure se controlar, mas saiba perdoar a si mesma quando o coração dominar a razão. Acordar às quatro da tarde e sair com uma roupa velha faz parte do processo ”estou de mal com a vida”… Só não encarne eternamente o papel de vítima!
Desabafe sem medo!
Escolha um dia para ser egocêntrica, corra para o colo de uma amiga e descarregue tudo. Abra seu coração e não tema parecer frágil. Se faltar colega disposta a desempenhar o papel de conselheira, faça o mesmo usando papel e caneta. O importante é desabafar!
Aventure-se mais
Um dos significados de aventura, no dicionário, é ”empreendimento incomum, de finalidade ou decorrência incertas”. Assim, que tal alistar-se para uma atividade diferente? Além de conhecer pessoas interessantes, há um poderoso efeito psicológico: o de se descobrir capaz de aprender coisas novas e se transformar.
E as crianças?
Um estudo feito durante 30 anos pela psicóloga americana Mavis Hetherington revelou que 80% de filhos de pais separados superam o trauma e levam uma vida normal. Portanto, não se preocupe exageradamente com as crianças e invista sua energia em superar a situação: se a mãe estiver bem e os pais conseguirem manter uma relação saudável, eles também vencerão o divórcio sem grandes dificuldades.