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15 das 18 indicadas ao Emmy de melhor atriz têm mais de 35 anos. Isso é magnífico!

Amy Schumer, aos 34 anos, é a atriz mais jovem a ser indicada.

Por Zeba Blay (colaboradora)
Atualizado em 21 jan 2020, 20h03 - Publicado em 5 ago 2015, 08h52

As indicações ao Emmy deste ano incluíram algumas surpresas, indicados previsivelmente desgastados e algumas desconsiderações gritantes, mas uma das coisas mais impressionantes sobre as indicações foi a idade. Das 18 indicadas a melhor atriz em comédia, drama e minissérie, 15 delas têm mais de 35 anos.

Seria bom se isso não fosse algo que merece destaque, mas ao contrário. É espetacular. 

Na categoria de Melhor Atriz em Séries de Comédia, Amy Schumer, aos 34 anos, é a atriz mais jovem a ser indicada. As outras são Amy Poehler, Edie Falco e Julia Louis-Dreyfus. A mais velha é Lily Tomlin, que ganhou uma nomeação por sua interpretação engraçada, honesta e cheia de nuances na série da Netflix “Grace and Frankie”. Tomlin tem 75. Uma mulher na idade dela nunca foi indicada nesta categoria. Antes dela, a candidata mais velha tinha sido Betty White, aos 69, com “Golden Girls”, de 1991. (Cicely Tyson, aos 92 anos, é a candidata mais velha deste ano por seu papel como melhor atriz convidada em “How to Get Away With Murder”.)

A diversidade etária entre as candidatas do sexo feminino deste ano é ainda mais significativa se contarmos as categorias de melhor atriz coadjuvante, pois incluem mulheres em seus 20, 30, 40, 50 e 60 anos. Começando com a indicada de 28 anos de idade, Emilia Clarke de “Game of Thrones” e chegando à de 63 anos, Christine Baranski de “The Good Wife”. Em sua maioria as atrizes, mesmo sem ter mais de 35, estão em seus 30 anos. Todas elas interpretando personagens adequados à sua idade real.

Em uma palavra, isso é magnífico.

No cenário de Hollywood, onde Jennifer Lawrence, de 24 anos, consegue consistentemente atuar como mãe solteira de meia-idade ou uma mulher divorciada de 30 e poucos anos, e onde a atriz Emma Stone de 26 anos interpreta a encantadora amante jovem de homens com o dobro de sua idade no filme de Woody Allen, é alentador ver mulheres de todas as idades sendo reconhecidas e celebradas por interpretar papéis complexos e cheios de conteúdo em vários gêneros de séries.

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A televisão há muito vem sendo elogiada por ser mais ousada e criativa e com certeza mais diversificada quando se trata de raça e gênero (embora, é claro, termos um longo caminho a percorrer – programas como “Jane the Virgin” e “Empire” foram em grande parte apagados das principais categorias do Emmy deste ano). Este ano, duas atrizes afro-americanas foram indicadas para Melhor Atriz em Série Dramática e ambas (Taraji P. Henson e Viola Davis) também estão em seus 40 anos.

Como disse Davis em uma mesa redonda para o The Hollywood Reporter: “Eu nunca tinha visto uma mulher de 49 anos, de pele escura que não fosse de tamanho PP fazendo um papel sexualizado na TV ou em filmes… Eu sou um ser sexual, mas nada na minha carreira jamais me identificou com a imagem de mulher sexualizada. Eu era o protótipo do papel ‘mamificado'”.

Hollywood perpetua a fantasia masculina hétero de que cada mulher na tela, não importa sua idade ou posição na vida, deva ser “comível” (aos olhos dos espectadores do sexo masculino, brancos e heterossexuais). Mas as candidatas deste ano ao Emmy provam que favorecer esse tipo de audiência é desnecessário e chato – há muito mais pelo mundo afora.

Davis não tem que interpretar a mãe ou a juíza no “Law & Order” só porque ela tem 49, e, inversamente, Amy Schumer não tem que fazer o tipo loira burra – ela poderia satirizar isso.

Tudo isso para dizer que há espaço para o otimismo. Os Emmys, como muitas premiações, representam bem onde nós estamos e para onde precisamos ir. Existe uma tendência crescente, não só de mulheres complexas na telinha e uma diversidade nos tipos de atrizes que recebem esses papéis, mas também nos elogios e reconhecimento que essas performances estão recebendo. Estamos progredindo. O número de candidatas com mais de 35, e suas performances ricas e interessantes, vão junto com as estatísticas – e só devem crescer.

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Confira todos as candidatas do sexo feminino abaixo, e alegrem-se: 

Melhor Atriz em Série Dramática 
Claire Danes “Homeland” – 36
Viola Davis “How to Get Away with Murder” – 49
Taraji P. Henson “Empire” – 44
Tatiana Maslany “Orphan Black” – 29 
Elisabeth Moss “Mad Men” – 32
Robin Wright “House of Cards” – 49

Melhor Atriz em Série de Comédia 
Amy Poehler, “Parks and Recreation” – 43 
Lily Tomlin, “Grace and Frankie” – 75
Lisa Kudrow, “The Comeback” – 51
Edie Falco, “Nurse Jackie” – 52
Amy Schumer, “Inside Amy Schumer” – 34 
Julia Louis-Dreyfus, “Veep” – 54

Melhor Atriz Coadjuvante em Série Dramática
Joanne Froggatt, “Downton Abbey” – 34
Lena Headey, “Game Of Thrones” – 41
Emilia Clarke, “Game Of Thrones” – 28 
Christine Baranski, “The Good Wife” – 63
Christina Hendricks, “Mad Men” – 40
Uzo Aduba, “Orange Is The New Black” – 34

Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia 
Mayim Bialik, “The Big Bang Theory” – 39 
Niecy Nash, “Getting On” – 45
Julie Bowen, “Modern Family” – 45
Allison Janney, “Mom” – 55
Kate McKinnon, “Saturday Night Live” – ​​31
Gaby Hoffmann, “Transparente – 33
Jane Krakowski, “Unbreakable Kimmy Schmidt” – 46
Anna Chlumsky, “Veep” – 34

Melhor Atriz de Minissérie ou Filme para TV
Frances McDormand, “Olive Kitteridge” -58
Maggie Gyllenhaal, “The Honorable Woman” – 37
Queen Latifah, “Bessie” – 45
Emma Thompson, “Sweeney Todd: Live From Lincoln Center” – 56
Jessica Lange, “American Horror Story: Freak Show” – 66
Felicity Huffman, “American Crime” – 52

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