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2ª temporada de “13 Reasons Why” traz algumas respostas e pouca esperança

O MdeMulher já assistiu à nova temporada da série que estreia na Netflix na sexta (18). O clima segue pesado, com direito, mais uma vez, a cenas explícitas

Por Ligia Helena
Atualizado em 16 jan 2020, 14h08 - Publicado em 17 Maio 2018, 15h28

É bastante desafiador colocar no ar uma continuação de algo que fez muito sucesso no passado. Ainda mais complexo quando se trata da sequência de uma obra que não apenas conquistou a audiência, mas também gerou enorme controvérsia. É o caso de “13 Reasons Why”, série da Netflix que chega à segunda temporada cercada de expectativas.

As coisas estão piores na Liberty High, escola que serve como principal cenário para os acontecimentos da segunda temporada de “13 Reasons Why”. E os novos episódios da série, embora tragam respostas para as perguntas que ficaram em aberto na primeira temporada, não oferecem nenhum tipo de alívio ao telespectador.

Se na primeira temporada o fio condutor da história eram as fitas em que Hannah Baker (Katherine Langford) contava os motivos que a levaram a cometer suicídio, na segunda temporada é o julgamento da escola Liberty High, processada pela família Baker, que faz esse papel.

clay e hannah
Clay e Hannah em cena da segunda temporada de “13 Reasons Why” (Divulgação/Netflix)

É interessante conhecer diferentes pontos de vista da história de Hannah. Colegas, funcionários da escola e até uma pessoa do passado da menina dão suas versões. Alguns fatos são tão importantes que parece irreal a omissão deles nas fitas de Hannah.

Nem sempre fica claro se as pessoas – mesmo depondo em juízo – estão falando a verdade. Na maior parte do tempo, fica a critério de quem assiste decidir. Mas às vezes entra em ação a própria Hannah, que de alguma forma esclarece os pontos e conversa com Clay (Dylan Minnette) diretamente do além.

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O recurso de trazer a protagonista de volta, como fantasma ou como uma voz dentro da cabeça de Clay, é um dos principais problemas da segunda temporada. Ela explica didaticamente coisas que poderiam ficar subentendidas, e tira pontos de verossimilhança da série. Hannah e Clay trocam longos olhares, e quase se tocam, como se ela de fato estivesse ali.

A presença constante de Hannah faz com que o tema do luto de Clay não seja tão desenvolvido nessa segunda temporada. Não há a ausência da menina que ele tanto ama, porque ela está lá o tempo todo para conversar com ele. Falar sobre esquizofrenia, uma das doenças mentais que faz com que pessoas ouçam “vozes na cabeça” também poderia ser uma possibilidade, mas que não se realiza.

hannah no tribunal 13 reasons why
Mesmo morta, Hannah é presença constante na segunda temporada de “13 Reasons Why” (Divulgação/Netflix)

Para mergulhar na história e aproveitar os episódios, é preciso deixar para lá as exigências com um roteiro bem amarrado. Há furos e por vezes soluções rápidas para questões complexas. Tudo pelo ritmo e pelo drama.

Um dos arcos mais interessantes de acompanhar na segunda temporada é a história de recuperação de Jessica (Alisha Boe), que ao fim da primeira temporada entendeu que havia sido estuprada por Bryce (Justin Prentice). Alisha Boe garante momentos emocionantes ao mostrar a fragilidade de Jessica e o caminho em busca da superação. A relação de Jessica com Justin (Brandon Flynn) é uma das tramas mais bem construídas da temporada, com destaque para a atuação de Flynn. Justin ganha novas camadas de complexidade, e é bonito ver o ator de 25 anos se entregando ao papel.

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Em entrevistas, tanto o showrunner Brian Yorkey quanto o elenco garantiu que a segunda temporada não era uma resposta às críticas recebidas em 2017, e o monólogo inicial de Tyler Down (Devin Druid), no primeiro episódio, parece querer justificar as escolhas de mostrar cenas fortes e falar de temas polêmicos. “Eu sei que algumas pessoas não querem que falemos sobre o que aconteceu. Mas se não falamos sobre isso, as coisas nunca vão mudar. Então é importante que todo mundo entenda como tudo aconteceu. A história completa”.

13 reasons why
Justin (Brian Flynn) em cena da segunda temporada de “13 Reasons Why” (Divulgação/Netflix)

Se por um lado a produção foi mais cuidadosa na segunda temporada, com a inclusão de vídeos com o elenco aconselhando a audiência a falar sobre seus problemas e procurar ajuda, e mais alertas antes de episódios que contêm cenas com armas de fogo, abuso sexual, estupro e uso de drogas, por outro lado não aliviou em cenas fortes, especialmente nos episódios finais.

Embora provavelmente a segunda temporada da série não vá causar tanto barulho quanto a primeira causou, as cenas de violência explícita talvez gerem críticas, mais uma vez. Para responder a isso, a Netflix tem dados que mostram que “13 Reasons Why” ajudou jovens e pais a conversarem sobre temas polêmicos de uma forma que não conversavam antes. E talvez aí esteja o maior valor da série.

A segunda temporada de “13 Reasons Why” estreia mundialmente na sexta (18), na Netflix.

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