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Com a palavra, Gloria Perez, mestra na arte de divertir, emocionar e fazer pensar

Mais do que levar o público a sonhar, ela faz uma campanha em prol do entendimento da doença mental na novela Caminho das Índias

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 09h37 - Publicado em 27 jan 2009, 21h00

Gloria Perez gosta de tratar de assuntos
polêmicos em suas novelas
Foto: Rafael Campos

Criadora de obras-primas da teledramaturgia, Gloria Perez está de volta com a coragem e a ousadia de sempre. Sua novela Caminho das Índias relata o romance de dois jovens que se apaixonam, mas não podem viver esse amor porque o rapaz é um intocável, uma pessoa fora do sistema de castas, divisão social ainda seguida por 80% da população na Índia, embora a discriminação em função dela seja proibida no país há 60 anos.
 
Mas polêmica pouca é bobagem quando se trata de um folhetim assinado por nossa querida Gloria. Tanto que um assunto da maior importância, quase esquecido no país, vai aparecer na história com todas as suas contradições: a loucura. “O doente mental é o intocável do Brasil”, acredita a escritora, que fará uma verdadeira campanha social em prol da conscientização sobre a situação dos esquizofrênicos.

tititi – Em O Clone (2001) muitos personagens do enredo eram mulçumanos do Marrocos. Por que você optou por abordar novamente uma cultura tão diferente da nossa, desta vez a indiana?
Glória Perez –
As culturas de sociedades diferentes sempre me interessam. Uma novela é muito longa, se for escrever sobre um tema que não me cativa vai ser terrível.

O que chamou mais sua atenção na visita à Índia?
É muito instigante ver como os indianos conseguem ser modernos, mas ao mesmo tempo guardando tradições milenares. E cada local tem uma questão cultural diferente. Há até uma região em que a mulher se casa com vários homens ao mesmo tempo.

Que curioso!
Eles são práticos. Nesse lugar, os homens vão para a montanha e não sabem quando voltam. Assim, a mulher tem que ter mais de um marido para estar sempre com alguém.

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O sistema de castas é uma coisa terrível, não?
A novela tentará explicar, mas é difícil de entender. Numa sociedade de classes, a diferença entre as pessoas está no ter. É mais simples. Se alguém nasce paupérrimo, amanhã ganha na loteria e pode subir de classe. No sistema de castas, não! Nem que ganhe dez loterias, ainda assim continuará pertencendo à mesma casta. Achei instigante mostrar um impedimento realmente intransponível em uma história de amor.

E hoje acontece na Índia algo como o amor de Maya e Bahuan?
Lá, os jovens se apaixonam, mas correm até risco de morrer por isso. Geralmente, a união entre homens e mulheres de castas diferentes exige que o casal se mude de lugar. As castas foram abolidas em 1949, porém é um costume muito antigo, é complicado.

É verdade que não vai ter beijo na novela porque lá é proibido que os apaixonados se beijem antes do casamento?
Vai ter o quase-beijo. É muito erótico, vale mais do que o beijo (risos). O público ficará louco… Estou fazendo o resgate da sutileza, que atualmente faz falta na convivência entre todos na sociedade.

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