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Emma Stone não foge à luta pela igualdade de gênero

Em entrevista ao MdeMulher, a atriz Emma Stone conta sobre como abraça ativamente a luta pela igualdade de gênero.

Por Juliana Resende, da brpress (colaboradora)
Atualizado em 17 jan 2020, 13h09 - Publicado em 31 out 2017, 18h00

Emma Stone é daquelas que não fogem à luta – seja no cinema ou fora dele. Ela é a estrela do libelo feminista “A Guerra dos Sexos”, em cartaz no Brasil, e que teve première europeia no 61º BFI London Film Festival, onde conversamos com a atriz americana.

O filme narra um evento real que parece algo sem muita importância na complexa questão da igualdade entre gêneros: uma partida de tênis entre dois campeões mundiais de diferentes sexos, representando  mentalidades e tempos diferentes, que, pela dimensão que tomou, se tornou relevante no contexto, transcendendo o esporte.

Quando encontramos Emma no tapete vermelho do Festival de Cinema de Londres,  desfilando lânguida num vestido Louis Vuitton – marca da qual ela é a nova garota-propaganda, embolsando mais de 10 milhões de dólares – não imaginamos que ela seria tão simpática, acessível e pé-no-chão, especialmente com relação à defesa dos direitos das mulheres.

Aos quase 29 anos, boa parte deles trabalhando como atriz, Emma Stone deixou para traz a garota ingênua e fascinada pelo showbiz de “La La Land” (papel que lhe deu o Oscar, o Globo de Ouro, o Bafta e o Coppa Volpi de Melhor Atriz) para encarar um personagem controverso: a tenista bissexual Billie Jean King.

Emma Stone como Billie Jean King e Steve Carell como Bobby Riggs
Emma Stone como Billie Jean King e Steve Carell como Bobby Riggs em “A Batalha dos Sexos” (A Batalha dos Sexos/Divulgação)

Caso com cabeleireira

Considerada uma das melhores atletas de todos os tempos e tornada símbolo feminista quando tinha a idade de Emma Stone, Billie Jean topou desfiar o ex-campeão Bobby Riggs (Steve Carell), um clown midiático e porco chauvinista convicto. A tenista quebrou um só protocolo com dois saques: jogando contra Riggs e tendo um affair com sua cabeleireira (Andrea Riseborough), isso casada com um homem.

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O misógino Riggs desafiou primeiro a rival de Billie Jean, Margaret Court, ganhando a partida, e depois a própria Billie Jean – desta vez perdendo –, com o intuito de provar a “inferioridade biológica das mulheres no esporte e na vida”, a qual parecia tão natural para ele e seus asseclas. Se deu mal.

Emma abraça o poder de mobilização do esporte para dar credibilidade à tenista e força ao fato-motriz de “A Guerra dos Sexos”: o duelo dentro e fora das quadras entre um experiente senhor bufão, representante de valores morais e comportamentais antiquados, e uma mulher destemida, mais nova, no auge da carreira e no clímax de revolução sexual e da energia que dominava a cena nos anos 1973.

Sem trégua

“Acho que a luta continua e estou feliz por dar voz a uma ativista como Billie Jean”, disse Emma Stone, ao lado da tenista, que também foi a Londres. “Eu, pessoalmente, também não me calo sobre estas questões de gênero”. A atriz ressalta que, apesar das conquistas, “o tema da desigualdade entre homens e mulheres, principalmente quando o assunto é salário – uma realidade também em Hollywood -, segue atual.”

Emma Stone e Billie Jean King
Emma Stone e a tenista Billie Jean King na première europeia de “A Batalha dos Sexos” (Tim P. Whitby/Getty Images)

Afinal, foi por constatar que um prêmio da United States Lawn Tennis Association oferecia um valor oito vezes menor para mulheres que Billie Jean se rebelou e lançou, aos 29 anos e depois de ter arrasado no US Open, a Women’s Tennis Association. Ganhou notoriedade.

“Ainda temos muito trabalho a fazer para combater o sexismo, geralmente praticado abertamente por homens em posição de destaque e poder, que parecem orgulhosos de sua misoginia”, bradou a atriz, poucos dias antes de o escândalo sexual do produtor de cinema Harvey Weinstein estourar na mídia de todo o planeta. “Podem contar comigo para o que der e vier na batalha contra esses tipos”.

Nova fase

É visível o amadurecimento de Emma Stone como atriz, desde que ela ficou conhecida mundialmente como a namorada de Peter Parker em “O Espetacular Homem-Aranha” 1 e 2 (nas filmagens, caiu na teia de Andrew Garfield, seu ex-namorado também na vida real). Claro que por ser o novo trabalho de Jonathan Dayton e Valerie Faris, diretores do ótimo “Pequena Miss Sunshine” (sobre o bizarro mundo dos concursos de beleza para meninas nos EUA), “A Guerra dos Sexos” atrai não só fãs da atriz. Mas digamos que ela dá grande sustentação ao filme com sua interpretação de Billie Jean.

Porém, a grande expectativa é para a nova série da Netflix estrelando Emma Stone, a comédia “Maniac. Tal projeto marcará seu retorno para as telinhas desde o fim de “Brothers & Sisters“, que lhe rendeu um Emmy de melhor atriz. Baseada numa série norueguesa homônima, a trama acompanha dois jovens que vivem em um mundo de fantasias mas, na realidade, estão presos em um hospital psiquiátrico.

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