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Entrevista Carmo Dalla Vecchia de Joia Rara

Carmo Dalla Vecchia defende seu personagem em Joia Rara, o vilão Manfred, e revela ser apaixonado por fotografia

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 12h13 - Publicado em 5 nov 2013, 21h00

Carmo Dalla Vecchia
Foto: TV Globo/ Divulgação

Em Joia Rara, Carmo Dalla Vecchia vive novamente um homem rancoroso e com desejo de vingança – seu papel anterior foi o perverso Fernando de Amor Eterno Amor (2012). Mas, na vida real, o ator, de 43 anos, mostra a serenidade que adquiriu graças ao budismo, religião que segue há muitos anos. O mau-caráter da novela das 6 ainda confessa não achar seu personagem um vilão tradicional. Carmo também relembra suas inúmeras viagens e se mostra um fotógrafo de mão-cheia.
 
Como é voltar a viver um vilão?
Pois é, mais um vilão na minha carreira. Mas, na minha cabeça, o Manfred é um vilão que também é um mocinho. Porque ele tem uma justificativa muito boa. Ele quer o amor do pai (Ernest, papel de José de Abreu) dele, que não o reconhece como um filho e ainda o trata como empregado. O que ele quer é afeto.
 
E isso justifica tudo?
É claro que não. Eticamente, ele não é o cara melhor do mundo. Mas tenho certeza de que, da forma que as autoras escrevem e com a direção da Amora (Mautner, a diretora-geral da trama), você consegue visualizar o caminho que ele percorreu para chegar ali. E, assim, as pessoas conseguem pensar melhor até mesmo nelas próprias. Quando faz um personagem em uma novela, você não pode encarar apenas se é um mocinho ou um vilão; você encara uma situação. Então, para mim, o Manfred é um homem normal, que tem atitudes equivocadas e isso muita gente tem.
 
As primeiras cenas da novela se passaram no Chile. Como foi gravar naquelas paisagens lindas?
Foi um prazer muito grande. Acho que o trabalho que nós, atores, temos dá de uma certa forma uma alegria única de conhecer outras culturas e outros países.  Tenho muita sorte nisso também nas novelas que fiz. Em Cordel Encantado (2011), por exemplo, fomos para a França. Em Amor Eterno Amor, fui para Marajó. Em Cama de Gato (2009), viajei para o Maranhão.
 
Isso dá a chance de você conhecer lugares que talvez não iria se não tivesse essa profissão.
 
Você também viajou para o Nepal...
Sim, mas aí fui apenas para fotografar. Amo fotografar, é um hobby. Já fiz uma exposição no Rio de Janeiro. Talvez, daqui a uns dez anos, faça um livro de bastidores dessas minhas viagens que falei (risos). Fotografo por prazer; é algo muito genuíno. Tenho sorte de não precisar viver da fotografia.
 
Como foi a receptividade da sua exposição?
Foi boa! Vendeu bem, foi tudo ótimo! Fiquei muito feliz, porque não tinha ambição, mas deu supercerto. Curti muito!
 
O que você mais gosta de fotografar?
Gente deitada no chão de costas. É difícil explicar em palavras, mas é isso (ele pega o iPhone e mostra fotos de pessoas deitadas, como a diretora Amora e os atores Cauã Reymond e Nathalia Dill)! Essa é uma das séries de fotos que fiz, tem outras…
 
Mas de onde surgiu essa ideia?
Da minha cabeça. Arte não se explica. Ou te toca ou não (risos).
 
O Manfred não quer nem saber de religião, mas você é budista, né?
Sou budista há mais de 18 anos. Mudei a forma de enxergar o trabalho e a própria vida. Foi a partir do budismo que entendi que o que está ao meu redor não é nada mais do que o reflexo daquilo que você carrega dentro de si mesmo. Mas o budismo é um pano de fundo da novela para contar uma história de amor. Porque senão a gente vai virar um cursinho de budismo e essa não é a proposta.
 
Você gosta de cuidar da saúde?
Eu me exercito bastante. Gosto de correr na praia, fazer uma boa caminhada. Gosto muito de doce, então… Tenho que me cuidar para não comer muito, mas não dispenso. Pode ser açúcar puro, bolo, biscoito, brigadeiro, enfim, qualquer coisa.
 
É mais difícil fazer novela de época?
Não é nem a questão da época. O negócio é você ter um universo muito bem definido, o que é bom para qualquer história que você venha a contar. Onde se situa essa história? Isso dá uma base, uma margem para tudo o que a gente constrói em cima dela. Dá mais credibilidade.
 
Você passou por algum tipo de workshop para viver o Manfred?
Só um que a própria Globo ofereceu para o elenco, que falava basicamente do cenário político da época. Mas acho que a principal preparação que fiz foi tentar me conectar com o personagem mesmo, tentar entendê-lo para que os sentimentos de raiva e de ódio fossem encenados da forma mais verdadeira possível.

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