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“Girls” foi uma série tão importante quanto “Sex and the City”

A partir deste domingo, 12, a HBO exibe a sexta e última temporada do projeto. E ele já deixou a marca dele na história da TV.

Por Lucas Castilho
Atualizado em 20 jan 2020, 20h52 - Publicado em 12 fev 2017, 09h01

“Girls”, a série da HBO sobre quatro garotas vivendo os 20 e poucos anos em Nova York, a partir deste domingo, 12, exibe a sexta e última temporada. Porque, bem, afinal, essas mulheres cresceram, amadureceram (?) e já existe um outro seriado sobre quatro garotas vivendo os 30 e poucos anos em Nova York.

Leia Mais: Lena Dunham garante: a série ‘Girls’ vai virar filme!

E já é possível reconhecer sem exagero a importância desse programa: ele apresentou uma das narrativas mais ousadas, experimentais e relevantes da TV nos últimos anos. Foi pioneiro por não trazer para as telas mulheres estereotipadas, pelo contrário, mostrar garotas reais, cheias de defeitos, camadas, problemas – por menores que às vezes eles poderiam parecer.

Hannah, Marnie, Jessa e Shoshanna nunca foram aspiracionais, nunca usaram Manolos ou beberam Cosmopolitans por aí, mas, com certeza, elas fizeram as mesmas péssimas decisões, tiveram as mesmas desilusões amorosas, dilemas, e, olha só, o mesmo amadurecimento de quem acompanhou como espectador o seriado.

“Girls” também revolucionou a forma como o corpo feminino é apresentado na televisão. A protagonista, por exemplo, nunca esteve dentro dos “padrões estéticos” vigentes e, provavelmente, foi a personagem que apareceu mais vezes pelada. Diferente de outras populares séries da mesma emissora, a nudez nunca foi sem propósito ou para chocar, ela estava lá para ser normalizada.

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As relações sexuais também apareceram muito mais próximas do dia a dia da audiência. Hollywood, por anos, tratou o sexo de forma plástica, perfeita. A série de Lena Dunham rasgou essa cartilha e apresentou cenas, muitas vezes, incômodas, porém completamente reais. E, nossa, que trilha sonora!

Houveram derrapadas ao longo das temporadas? Claro! A tão criticada falta de diversidade foi uma delas (um absurdo para um show tão progressista!). Algumas tramas bizarras como o Transtorno Obsessivo Compulsivo de Hannah também. Mas mesmo com esses defeitos é impossível negar a relevância do projeto.

Assim como não existiria “Girls” sem “Sex and the City”, não existiriam “Insecure”, “LOVE”, “Master of None”, “Broad City”, “Please Like Me” e “Chewing Gum” sem “Girls”.

Hannah bradou no piloto o desejo de se tornar a voz da geração dela ou pelo menos a voz de alguma geração. Possivelmente a personagem não irá conquistar esse desejo. O seriado, no entanto, pode ter chegado muito perto disso: foi a voz de uma geração que não está disposta a se conformar com nada. Como a própria Hannah diz no final do primeiro episódio desta sexta temporada, “uma geração que não é definida pelas coisas das quais gosta, mas pelas coisas que não gosta”.

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