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Por que algumas pessoas levam mais tempo do que outras para se recuperar de um fim de relacionamento?

Finalmente uma resposta

Por Redação Brasil Post
Atualizado em 21 jan 2020, 14h34 - Publicado em 17 fev 2016, 08h21

Uma nova pesquisa nos fornece pistas que explicam o porquê de algumas pessoas sofrerem mais com o fim de um relacionamento do que outras.

Terminar um relacionamento é difícil – mas para alguns de nós, é realmente difícil.

Então por que algumas pessoas gastam anos angustiadas por um romance que não deu certo, enquanto outras podem simplesmente embarcar no próximo relacionamento? Parece que agora os psicólogos descobriram a resposta.

Acontece que a forma em que cada um de nós reflete sobre o fim do relacionamento e as histórias que contamos a nós mesmos podem determinar em grande parte o quanto seremos capazes de nos recuperar.

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Um novo estudo da Universidade de Stanford, publicado na edição deste mês da Revista Personality and Social Psychology Bulletin, descobriu que refletir sobre o relacionamento não só pode nos ajudar a entender o que aconteceu, mas também pode fazer com que seja mais difícil para algumas seguir em frente.

“Pode ser uma atitude bem saudável refletir sobre o que se aprendeu de relacionamentos passados e o que se deseja melhorar no futuro“, disse a Dra. Lauren Howe, psicóloga da universidade e uma das autoras do estudo, ao Huffington Post em um email. “Mas um comportamento saudável pode se tornar nada saudável quando as pessoas levam muito a sério e começam a questionar os seus valores básicos como pessoa – sentir que têm defeitos ou problemas demais e que, por causa disso, foi rejeitada“.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram as histórias pessoais de rejeição de 194 homens e mulheres, que tinham em média 30 anos. Primeiro, os pesquisadores pediram aos participantes para pensarem em uma ocasião em que eles foram rejeitados por um parceiro romântico, e depois eles tiveram que responder a questão: “O que você aprendeu com a rejeição?”

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Os participantes tiveram que responder separadamente as perguntas de quanto eles acreditavam que as pessoas eram capazes de mudar – concordando ou discordando de afirmações como estas: “Todos, sem importar o tipo de pessoa, podem mudar consideravelmente suas características básicas”; “O seu tipo de pessoa é algo que essencialmente faz parte de quem você é, ou seja, você não pode mudar muito”.

Os pesquisadores descobriram que nos casos em que a rejeição fazia com que o participante questionasse seu senso de valor e alterasse negativamente a imagem que tinha de si mesmo, os participantes reportaram levar mais tempo para se recuperar de uma separação.

Por outro lado, aqueles que não associam a rejeição a sua própria imagem pessoal se deram melhor emocionalmente. Esses tipos de participantes pensaram no fim do relacionamento como um evento mais imprevisível e uma indicação de incompatibilidade ou ainda, como algo inevitável (“acontece com todo mundo em algum momento”).

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Por isso, a rejeição era mais difícil para os participantes que culpavam a separação, em retrospectiva, por causa de alguma falha pessoal ou de caráter que eles mesmos tinham. Isso ficava evidente na forma como eles respondiam as perguntas sobre o quanto eles acreditavam que as pessoas eram capazes de mudar.

“Quando as pessoas veem o término de um relacionamento como um revelador das falhas que elas possam ter, essas pessoas ficam mais chateadas ao refletirem sobre a rejeição”, explicou Howe.

“O motivo é que elas acreditam que a rejeição está associada às características negativas em si mesmos, por isso elas se sentem mais envergonhadas e constrangidas e tendem a se importar mais quando pensam quem as rejeitou. Além disso, elas se preocupam que essa característica negativa vá aparecer em outros relacionamentos e danifiquem as suas perspectivas românticas no futuro”.

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Levar a rejeição para o lado pessoal também pode ser um obstáculo em relacionamentos saudáveis. Os pesquisadores descobriram que aqueles com uma imagem de si mesmos mais afetada por uma rejeição eram mais propensos a temerem uma rejeição no futuro e a criarem muros para se proteger contra isso com futuros parceiros amorosos.

Quem corre mais risco ao duvidar de si mesmos por causa de uma rejeição? Pesquisa da coautora do estudo Carol Dweck mostrou que as pessoas que tem uma “mentalidade fixa” sobre a sua própria personalidade ou que acreditam que seu caráter não é capaz de mudar são mais propensas a acreditarem que a rejeição exponha algumas profundas deficiências em sua personalidade.

No entanto, Howe diz que nós podemos aprender com as pessoas que acreditam em sua própria habilidade de crescer e mudar e que tendem a se recuperar depois de uma rejeição.

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“Como consequência da rejeição, nós podemos nos beneficiar ao fazer as seguintes perguntas a nós mesmos, ‘Estou associando esta rejeição a algo em mim?'”, disse. “E se a resposta for sim, ‘Existe uma história diferente que eu poderia estar contando a mim mesma sobre a rejeição que não lança uma imagem negativa sobre mim?'”

 

Esta matéria foi originalmente publicada no HuffPost Brasil.

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