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Mara Wilson, a ‘Matilda’, sobre crescer em Hollywood: ‘Ser fofa só me fez infeliz’

Em livro autobiográfico, atriz mirim do clássico infantil não tem medo de tocar em temas espinhosos.

Por Redação Brasil Post
Atualizado em 21 jan 2020, 04h34 - Publicado em 26 set 2016, 10h20

Se você foi uma criança nos anos 1990 e no início dos anos 2000 há grandes chances de você conhecer Mara Wilson.

Hoje, com 29 anos, ela, que foi protagonista do filme Matilda e atuou em Uma Babá Quase Perfeita tomou uma decisão: ao invés de se ocupar com palcos ou cinema, escolheu falar sobre algo que você – e boa parte das pessoas – provavelmente não imaginou ter acontecido com ela.

Equipa/Getty Images
Equipa/Getty Images ()

Em Where Am I Now? (Onde estou agora?, em tradução livre), livro autobiográfico lançado neste mês nos Estados Unidos, Wilson fala sobre a dificuldade que foi crescer sob holofotes e a dor de ser deixada de lado pela indústria de Hollywood ao entrar na adolescência.

No livro, a atriz conta ter sido diagnosticada com depressãoTranstorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e ansiedade generalizada ainda na pré-adolescência. Além disso, revela que precisou “se aposentar” do cinema por não se encaixar no padrão de beleza americano.

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“Durante uma época, eu era paga para ser fofinha, mas depois fui contagiada pela maldição de ser uma atriz mirim”, contou a atriz à BBC.

Divulgação
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Em entrevista recente ao Los Angeles Times, a atriz conta que, quando começou a sentir que estava perdendo a “fofura” da infância, passou a se comparar com outras atrizes de sua faixa-etária, como Scarlett Johansson e Keira Knightley.

“Eu olhava para Keira, que é apenas dois anos mais velha que eu e pensava ‘eu nunca vou ser gostosa como ela daqui dois anos’. Eu me sentia chateada – e às vezes ainda me sinto – quando conhecia pessoas, porque elas pareciam decepcionadas que eu não era aquela criança fofa.”

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Em um trecho do livro, divulgado pelo jornal The Guardian e pela BBC, a atriz revela que sua relação com Hollywood e com os padrões de beleza foram ficando cada vez mais difíceis:

“Lá estava Scarlett [nas páginas de uma revista], linda, falando sobre seu novo filme com Bill Murray. Ela definitivamente era uma mulher, estava toda sexy. Como ela conseguiu? Senti um soco no estômago. Ela era só dois ou três anos mais velha do que eu. E sabia que nada que eu fizesse me faria ter nem metade da beleza dela. Mesmo depois que eu tirasse o aparelho, mesmo se eu colocasse lentes e melhorasse meu corte de cabelo. (…) Mesmo assim eu jamais seria boa o suficiente para Hollywood.”

Reprodução
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O livro pode ser uma espécie de libertação para Wilson. Ao mesmo tempo em que ela traça um panorama de como Hollywood a impactou por sempre priorizar atrizes mais magras – e como foi difícil encarar a morte da mãe aos 12 anos -, Wilson se revela sabendo qual é o seu lugar hoje e faz duras críticas ao sistema:

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“Hoje sei que não é minha função ser linda, ou fofinha, ou qualquer outra coisa que alguém quer que eu seja. Então, a próxima vez que alguém escondido atrás de um apelido online decidir me dizer o que eu devo fazer para ficar mais bonita, vou propor um encontro cara a cara. E vou contar o que é passar pela puberdade diante dos olhos do público, pouco depois de perder sua mãe para o câncer. Vou dizer como me senti quando achei um site com fotos [falsas] minhas nua aos 12 anos. Vou dizer que eu conheci os dois lados desse ‘ser fofinha’, e, nos dois casos [como atriz mirim e em sites de pornografia], isso só fez com que minha vida fosse miserável.”

Uma nova ‘Maltida’

Recentemente, Mara Wilson também revelou ser bissexual no Twitter. Isso aconteceu logo após o massacre da Boate Pulse, ocorrido em Orlando.

Em resposta a uma dúvida de um seguidor, que questionou ela ter referido a si mesma como heterossexual, Mara tuitou:

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“Eu disse que *costumava* me identificar como heterossexual. Eu tenho abraçado o título de bissexual/queer nos últimos tempos.”

A artista declarou apoio à comunidade LGBT e solidariedade às vítimas do atentado. Ela também publicou uma foto de si mesma em uma boate gay, há dez anos, quando tinha 18.

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“Eu numa boate gay quando tinha 18 anos. Me sinto envergonhada de ver isso agora… Sendo uma ‘garota hétero’, algo que não me pertencia, mas vou dizer, me senti muito bem recebida lá”.

Foi a primeira vez que Mara falou abertamente sobre o tema. Ela agradeceu o apoio dos seus seguidores, mas avisou que se manterá discreta quanto aos seus relacionamentos.

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