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Marcos Breda volta ao centro dos holofotes

O sucesso do Pelópidas, de Caras & Bocas, botou Marcos Breda novamente no centro dos holofotes

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 04h41 - Publicado em 21 dez 2009, 21h00
Marcos Breda volta ao centro dos holofotes

“Já usei muita porcaria. Mas o cigarro e o 
álcool são tão ruins ou piores do que a 
cocaína”, conta Marcos Breda
Foto: Divulgação/ Rede Globo

Marcos Breda tem muito o que comemorar. Além do sucesso do submisso Pelópidas, que interpreta na trama das 7, o ator está completando 30 anos de carreira e 25 de Globo. Num pique de fazer inveja a qualquer maratonista, Breda, de 49 anos, grava a novela durante o dia; ensaia, à noite, a peça Paraíso, Aqui Vou Eu, sob a direção de Otávio Müller; e viaja nos fins de semana com o espetáculo Farsa, há dois anos e meio em cartaz. E já tem mil planos para 2010! 

No pouco tempo que sobra, vive para a família: a esposa, a psicóloga Cynthia, de 39 anos, e os filhos Jonas, de 7, e Daniel, de 3. Ator, dublador, professor, produtor teatral, Breda não deixa de lado os esportes e os exercícios físicos para dar conta de tantas atividades. Leva uma vida saudável, depois de ter experimentado drogas e visto que não eram sua praia. 

Para ele, “todo ator é um carente crônico, quer que o amem, o aprovem, que seja legitimado. Mas, quando tem isso, há uma tendência a se achar melhor do que é”. Hoje, sua palavra de ordem é equilíbrio.

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Pelópidas é um vilão ou um homem dominado?
Foi criado para ser vilão, mas a ingenuidade tirou boa parte da vilania. Tentei humanizá-lo. Tem pitadas de clown, de patético, sem ser uma caricatura.

Essa relação com Judith (Deborah Evelyn) é doente…
Uma paixão enlouquecida às raias da obsessão. Ele tem uma relação sadomasoquista com a “abelharainha”. E tudo que fazia era teleguiado por ela.

Mas, finalmente, ele acordou.
Agora tem um ódio incontido, que é o avesso do que sentia antes. É o retorno do oprimido. Toda essa carga de amor doente virou ódio.

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Para você, qual é o melhor final do personagem?
Dar o troco de toda uma vida de humilhação e achar quem o ame. A “formiguinha” Cléo (Renata Castro Barbosa) é uma possibilidade de redenção.

Sua mulher é psicóloga. Ela o ajuda a montar o perfil de um tipo como Pelópidas?
Não. Trabalho com os subsídios que tenho, dos meus mais de dez anos de psicanálise. Ele tem um pouco do Quasímodo (de O Corcunda de Notre Dame), do Fantasma da Ópera (do musical homônimo) e do (filme) Fantasma do Paraíso, de Brian De Palma.

A novela está acabando… O que pretende fazer depois?
Em abril e maio de 2010, apresentaremos duas peças em São Paulo (Paraíso, Aqui Vou Eu e Farsa). No segundo semestre, fa faço outra novela e o espetáculo O Marido Vai à Caça, um vaudeville no qual canto e danço. E quero retomar o projeto do meu longa, Tambores Silenciosos.

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Nossa, haja pique! E disposição física…
Sempre tive. Fiz capoeira por 20 anos. Adoro esportes. Corro na Lagoa (Rodrigo de Freitas), faço musculação para proteger articulações e alongamento.

Você corre de kart, não?
Sim. Tenho uma equipe de kart com o Marcos Pasquim, a Dart. Mas somos amadores.

Seus filhos vão também ao kartódromo…
Vão e adoram. Usam capacete, macacão, tudo muito seguro. Eles assistem à Fórmula 1 comigo. O menor olha a TV e pergunta: “Você está ali?” (risos)

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Você é “paizão”?
Todo tempo que tenho fico com eles. Levo ao colégio, ao basquete, à natação, vou às reuniões de pais. Minha vida social é quase zero. Tudo é para eles.

Além dos exercícios, faz alguma dieta?
Como de tudo, mas procuro balancear. Às vezes, como um container de salada (risos). Preciso do corpo para trabalhar e gosto da vida saudável. Já fiz judô, caratê, esgrima, ginástica olímpica. Bebo pouco… uma taça de vinho, uma vez por semana. Hoje em dia, minha maior droga é um vinho tinto (risos).

Você usou drogas?
Já usei muita porcaria. Fumava um baseado, cheirava uma carreira, experimentei ácido… Mas sempre tive mais prazer em endorfina do que em cocaína.

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Acha que deviam descriminalizar a maconha?
Acho que sim. Mas, se o governo estivesse preocupado com a saúde do povo, tinha que proibir cigarro e álcool, que são tão ruins ou piores do que a droga.

Para você, o que leva ao vício?
É difícil equacionar o que leva alguém a se viciar em jogo, relacionamento neurótico, chocolate… Mas, em vez de autossabotagem, ela deve fazer algo criativo. O ator tem necessidade de exibicionismo. Em vez de ficar tentando aparecer, fazendo escândalo, deve canalizar na atuação. Todo ator é um carente crônico, quer que o amem, o aprovem… Mas quando tem isso, há uma tendência a se achar melhor do que é.

E você?
Se me aplaudem, não sou um Deus. Se me vaiam, não sou um verme. Tem gente que vai para a cama com outra pessoa e transa sozinho. Os dois estão ali para se masturbar sozinhos. Quando a gente atua, tem que se integrar com o outro: é um ritual de parceria.

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