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OPINIÃO: ”Vocês não são jovens demais para lembrar destas canções?”, disse Diana Ross para mim

Uma resenha bem burocrática e um comentário bem pessoal sobre o show da diva em São Paulo nesta terça (25)

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 21h51 - Publicado em 25 jun 2013, 21h00

Diana sabe que uma diva de verdade abusa dos paetês, e não decepcionou
Foto: Agnews

Vamos direto à resenha burocrática?

Diana Ross, que está com 69 anos, segue em forma. O repertório do show desta terça (25) no Espaço das Américas, em São Paulo, apareceu quase cronológico. Os primeiros clássicos (Where Did Our Love Go, Baby Love, Stop! In The Name Of Love, You Can’t Hurry Love, todas do The Supremes) vieram seguidos por seus hits disco (Upside Down, Love Hangover, The Boss) e por um set de inspiração jazz (com The Look Of Love, de Dusty Springfield, e Don’t Explain, de Billie Holiday). No bis, sucessos como Do You Know Where You’re Going To?, Ain’t No Mountain High Enough e I Will Survive (sim, a da Gloria Gaynor). Não, não teve Endless Love.

A maioria do público tinha mais de 40 anos (e, peço licença para dizer, não parecia muito animada, atendo-se a bater um pouquinho de palmas ao fim de cada música), mas havia até crianças por lá. Diana fez 4 trocas de roupas; um vestido mais espalhafatoso do que o outro. Seus vocais estavam no ponto, mas ela falou pouco. Agradeceu carinhosamente e soltou um “estamos muitos felizes de estar aqui” no final. A banda, com 12 músicos, era afiadíssima. Ah, teve um “corram atrás dos seus sonhos” no meio de Reach Out And Touch (Somebody’s Hand), a última música do show, que começou às 22h e terminou às 23h20. Tudo muito tocante. Eu (já me colocando no meio do texto) não chorei, mas ameacei em alguns momentos. No comecinho de Touch Me In The Morning, por exemplo.

Dito isso, há algo mais pessoal que, permita-me, precisa ser falado.

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Vendo Diana no palco, tão confortável, gentil e simpática (seu sorriso é praticamente seu bordão; grudado no rosto para a eternidade, mas sincero), fica até difícil assimilar tudo o que ela representa, e o quão importante ela é.

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Para colocar as coisas em perspectiva: sabe Beyoncé, aquela diva poderosíssima? Idolatra Diana. Michael Jackson, provavelmente o artista pop mais importante de todos os tempos? Diana era sua musa e melhor amiga (segundo a lenda, ele sempre foi apaixonado por ela). Whitney Houston, Mariah Carey? Totalmente influenciadas por Diana. E isso só para falar de gente realmente grande.

Ontem, enquanto cantava Baby Love, um dos primeiros grandes sucessos do The Supremes lá em 1964, ela olhou em minha direção, sempre sorrindo, e mandou a frase que dá título a este texto: “vocês não são jovens demais para lembrar destas canções?”.

Foi o momento de fechar a boca e refletir: Diana canta algumas daquelas músicas há 50 anos. 50 anos é muita coisa. Ela viu a música pop nascer (em forma de “música negra”, o soul e o R&B), e imagina você quantos casais já não embalou através do rádio? Meus pais, por exemplo, que tocavam The Supremes a exaustão lá em casa enquanto o jornalista que vos escreve crescia, e ainda tocam.
 

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Meu interesse por Diana Ross provavelmente surgiu ao mesmo tempo em que eu aprendia a falar. Não sou jovem demais para lembrar daquelas canções, e isso (escrevo com consciência de que mergulho no clichê, mas clichês são clichês por um motivo, certo?) é porque música não tem idade.

É esta a razão de Diana, aos 69 anos, cantar hits de 50 anos atrás sem desmonstrar cansaço ou enjoo, e é por isso que eu, com minha tão notável juventude, canto junto e acho tudo tão lindo. A senhora Ross faz parte do panteão dos que inventaram o formato da música pop como ela é hoje e dos que nos ensinaram a sentir através das canções – independentemente do estilo que você escolhe ouvir.

Dá para falar sobre como ela tem 28 #1s; sobre como, além de cantora, também atua e já foi até indicada ao Oscar de Melhor Atriz; sobre como já vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o mundo e sobre como entrou para o Guinness em 1993 como a artista feminina mais bem-sucedida de todos os tempos. Mas o que importa realmente é que… A música de Diana ainda fala. E fala com todas as idades.

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Não conhece muito da mulher, mas ficou ao menos levemente interessado nela depois de ler isso aqui? Aí vai uma performance da música que (quase!) me fez chorar no show de ontem.

Veja o que ela faz por você.

 

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Se você é de São Paulo e perdeu o show de ontem, corra. Diana canta para os paulistas novamente nesta quarta (26). Depois, se apresenta no Rio de Janeiro no sábado (29) e em Curitiba na terça (2). (TP)

OPINIÃO: ''Vocês não são jovens demais para lembrar destas canções?'', disse Diana Ross para mim

Direto da minha mesa, Diana era uma visão magnética. Ela não é apaixonante?
Foto: Daniel Mason

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