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Rômulo Neto: ‘Antes de conhecer a Cleo, eu era um pouco Robertão’

O ator lembra das fases bad boy e diz que sua vida mudou com o casamento e a cabala

Por Elizabete Antunes
Atualizado em 15 jan 2020, 01h59 - Publicado em 3 set 2014, 21h00

Foi só Rômulo Neto aparecer de sunga na novela Império (Globo), na pele do malandro Robertão, para o ator de 27 anos chamar ainda mais a atenção do público com seu corpo esculpido e tatuado. Mas as fãs não devem ficar alvoroçadas. A nona tattoo do ator foi feita em homenagem à mulher, Cleo Pires, 31. “Não gosto de expor isso, mas o significado tem a ver com a atração da alma gêmea na cabala”, explica Rômulo, que começou a estudar a parte mística do judaísmo com a atriz. “Sentia vontade, curiosidade, mas, antes de conhecer a Cleo, eu era um pouco Robertão, tinha a preguiça e o comodismo dele”, confessa.

A união com Cleo Pires – eles moram na mesma casa, mas não são casados oficialmente – parece mesmo ter transformado a vida do ator. Mais jovem, ele já teve uma imagem de “garoto levado”, como o próprio define. “Tinha a mesma essência, mas me manifestava de uma forma totalmente errada. Criei uma válvula de escape que, quando você é muito novo, pode se transformar em algo feio e irresponsável. Eu era muito indisciplinado”, admite. “Mas hoje estou me aprimorando como ser humano em vez de me boicotar. A Cleo me trouxe muita consciência, estou mais pé no chão”, reconhece.

Um dos episódios que marcaram essa fase bad boy aconteceu em 2007, quando o ator e mais dois colegas se envolveram em uma confusão com uma garota de programa e dois travestis. O caso foi parar na polícia. Na época, ele interpretava o André de Malhação, sua estreia na Globo. Hoje, Rômulo afirma que o fato foi um grande aprendizado. “Foi algo de alguém que não assumia suas responsabilidades e que andava com pessoas erradas”, avalia o ator. “Mas isso acontece a todo momento. Só que, quando as pessoas são famosas, públicas, acaba ganhando destaque”, pondera.

Conexão com a natureza

Atualmente, Rômulo se diz mais caseiro. E gosta de aproveitar o dia para praticar esportes, entre eles jiu-jítsu, surfe e kitesurfe. “Não tenho paciência para fazer musculação em academia, prefiro algo que me deixe conectado com a natureza, principalmente com o mar, onde eu gosto de nadar também”, diz ele, que é filho do ex-nadador e ator Rômulo Arantes, morto aos 41 anos em um acidente de ultraleve, em 2000. Em homenagem ao pai, tatuou o Arantes no braço esquerdo, apesar de não usá-lo mais no meio artístico. “Quando comecei a estudar cabala, passei a olhar mais para questões internas. Descobri que queria construir a minha história sem ter um sobrenome conhecido por trás. Foi um projeto meu de independência, de conquistar as coisas apenas com meu esforço. Aprendi também que ter o mesmo nome traz carmas passados.”

Usando dois cordões – um de ouro com olho grego e um azul comprado em uma loja de artigos budistas – Rômulo mostra o quanto é místico. E acredita que nada é por acaso. “Um mês depois de ter assistido à peça Quem Tem Medo de Virginia Woolf?, com Zezé Polessa, e de ter amado o trabalho dela, descobri que iria contracenar com ela. Cheguei em casa e falei todo entusiasmado para a Cleo: ‘Amor, a Zezé vai ser minha mãe na novela!’ Comemoramos muito”, conta ele, que costuma trocar ideias sobre seu trabalho com a mulher. Tanto que, no início, a filha de Gloria Pires, 51, fez duras críticas ao marido. “Ela achou que o Robertão estava em um tom acima, um pouco caricato. Mas isso foi uma proposta minha e do meu coach, André Monteiro, de fazer o personagem assim nas primeiras cenas para, depois, torná-lo mais humano, mais natural.”

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Enfrentando os sogros

Rômulo, que após quatro anos na Record (2007 a 2011), atuou em Sangue Bom (2013), na Globo, aposta que Império será a grande virada de sua carreira. “Ele tem uma história bem interessante, é polêmico, antiético”, enumera o ator. E avisa: apesar de ter vivido uma fase ociosa, parecida com a de Robertão, o personagem é totalmente o seu oposto. “No fundo, sou tímido. Quando fui conhecer Orlando (Morais, 52, padrasto de Cleo), tomei duas cervejas com um amigo para criar coragem e dar uma relaxada. Estava muito tenso. Mas ele foi supertranquilo comigo. Adoro a família da Cleo. Outro dia vi um show do Fábio Jr. (pai biológico da atriz) pela primeira vez e me emocionei”, revela.

E, assim como seus dois sogros, Rômulo dedica-se à música. Toca violão e bateria e ainda compõe. “Mas nunca mostrei esse meu lado, muito menos para eles! Tenho medo de ser criticado. É tudo muito embrionário. Um dia vou confrontar esse meu ego”, promete o ator.

Ele também acompanha as produções das quais ela participa e entrega: sim, sente ciúme ao vê-la em cenas de sexo. “Não é nem um pouco prazeroso. Dói um pouco? Dói. Tem a ver também com sensação de posse, de ego, mas isso não pode tomar a frente da relação.” Apaixonado, o ator pensa em se casar de papel passado. “Há um lado meu que é conservador”, afirma ele, sem previsão, porém, para a data da união. “Nossas vidas estão tão corridas! E nosso relacionamento está tão bom do jeito que está… Há muita paixão entre a gente. Mas acho que é normal, né? Nossa libido está aí, bombando”, garante.

Filhos, apesar de ele não saber quando chegarão, adotando o discurso que “agora está focado no trabalho”, também estão nos planos do ator. “Acho que será um processo natural, fruto da nossa parceria. Se Deus permitir, quero muito ser pai. Já até brinquei com a Cleo que, se vier um menino, podemos colocar o nome de Rômulo Bisneto ou Rômulo IV (risos), mas aí tem aquela história do carma de vidas passadas”, ressalta.

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Marcelo Tabach
Marcelo Tabach ()

Rômulo Neto emagreceu 3,5 quilos (hoje são 79 quilos bem distribuidíssimos em 1,80 metro) para interpretar Robertão, um jovem que ganha a vida dançando sensualmente para o blogueiro Téo (Paulo Betti), quando não está dormindo (sem camisa, claro) ou dando um mergulho no mar. Na trama, o personagem troca de roupa na areia mesmo, o que deixa à mostra para o público a tatuagem que fez para Cleo Pires, bem abaixo do umbigo.

Parece que ele fica pelado, mas, para as cenas na praia, o ator usa uma cueca minúscula por baixo da roupa. No estúdio, porém, quando dança e faz stripper para Téo, Rômulo fica praticamente nu em pelo. Mas, para ele, se aparecer algo a mais de seu corpo na TV, faz parte do perfil do personagem. “Não tenho problema algum em ficar sem roupa em prol de uma boa história. Robertão é um exibido, sabe que é gostoso e não tem pudor”, explica o ator, que usa um tipo de tapa-sexo ainda mais fino durante as gravações no Projac. “É mais fino e mais confortável, porque não tem aquele fio atrás, que, vamos combinar, é meio constrangedor”, diz às gargalhadas.

Marcelo Tabach
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