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Years and Years: série da HBO tem crítica política ácida e humor inusitado

Saiba mais sobre essa série instigante e confira uma entrevista com a atriz Jessica Hynes, que é uma das protagonistas de "Years and Years".

Por Júlia Warken
Atualizado em 15 jan 2020, 13h01 - Publicado em 17 jul 2019, 19h04

Com um humor tipicamente britânico, debate político ácido, doses de futurismo à la “Black Mirror” e dramas familiares interessantes, “Years and Years” é daquelas séries que deixam a gente com a pulga atrás da orelha. No ar pela HBO, ela traz a sempre ótima Emma Thompson no papel de uma política sem papas na língua, desbocada e reacionária.

Situada na Inglaterra, durante um futuro próximo, a série acompanha os acontecimentos políticos e sociais do país sob o olhar da família Lyons, cujos membros de maior protagonismo são quatro irmãos, seus cônjuges e filhos, e a avó deles.

“Years and Years” é a série ideal para quem busca uma trama provocante e inusitada, com um boas reflexões sobre política, conservadorismo e tecnologia. Aqui no Brasil já foram exibidos três episódios e eles vão ao ar sempre nas noites de sextas-feira, às 22h. Nesse mesmo dia e horário, o conteúdo também fica acessível através de streaming, pela HBO Go.

Essa é uma coprodução entre a HBO, a RED Production Company, a BBC One e o CANAL +. Trata-se de uma minissérie, por isso é bem provável que ela só conte com os seis episódios da primeira temporada.

A HBO disponibilizou para o MdeMulher uma entrevista com Jessica Hynes, que é uma das protagonistas da série. Vencedora de dois BAFTAs, ela interpreta Edith, a irmã mais politicamente engajada da família Lyons. Edith está sempre envolvida em causas sociais e, para isso, viaja pelos lugares mais perigosos do mundo. O ativismo faz com que ela coloque sua vida em risco constantemente – e isso preocupa o resto da família.

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Confira o que Jessica tem a dizer sobre “Years and Years” e sobre a sua personagem na série:

O que te atraiu em “Years and Years”?

O Russell T. Davies [criador da série] é uma das vozes mais originais e talentosas da televisão hoje. Os roteiros dele são diferentes de todos os outros que eu li. Então, ter a oportunidade de participar de um projeto dele é um sonho.

Quem é a sua personagem e qual é o papel dela na história?

Eu sou uma das filhas da família Lyons. A série gira em torno da família Lyons. No início da trama eu volto, depois de alguns anos como ativista política em diversos lugares do mundo.

Jessica Hynes é Edith Lyons, uma ativista engajada em causas espinhosas (HBO/Divulgação)

Como é a Edith em comparação como restante da família?

A Edith é um pouco solitária. Ela está sempre se afastando, é a irmã que em geral está sozinha. Ela é independente, um pouco peculiar, não convencional. Eu acho que ela é um pouco aventureira.

A série conta a saga de uma família ao longo de décadas e conduz a história ao futuro. Como foi interpretar 15 anos da vida do mesmo personagem?

No início foi um desafio porque você tenta criar o desenrolar da história normalmente. A construção de um personagem tem um início, um desenvolvimento e um fim. Mas aqui você está em décadas e eras diferentes. Então eu acabei me concentrando muito no momento da cena. Instintivamente parecia ser a melhor maneira e foi como eu achei que poderia fazer algo verdadeiro.

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A Edith passou 15 anos lutando ativamente contra o sistema. De onde você acha que ela tirou essa vontade?

Ela se inspirou nas mulheres da família, como a avó Muriel, que em muitos aspectos era muito tradicional, mas que era rebelde em outros . A Muriel tem seus princípios, opiniões e pode-se dizer que é até idealista. Eu acho que ela inspirou os netos a serem íntegros e autênticos. A Edith teve a liberdade de ir embora e viver uma vida não convencional, de protestar ao longo de anos. Ela não sentiu como se estivesse abandonando alguém. Na verdade, ela sentia que estava fazendo o que tinha que fazer, que era correr atrás das suas paixões e dos seus sonhos.

Emma Thompson interpreta uma figura política totalmente controversa (HBO/Divulgação)

Você pensou no cenário político e econômico atual quando estava preparando a personagem?

Enquanto eu estava fazendo algumas cenas da Edith foi interessante me lembrar de uma época em que a nossa cidade colocou 300 pessoas que estavam pedindo asilo em um hotel. Eu me lembro que queria ir lá ver se eles estava bem, se precisavam de alguma coisa. Eu não sabia se havia mulheres e crianças. Fui procurar o gerente do hotel e ele me disse: “Não se preocupe, eles serão bem cuidados, mas obrigado por se oferecer”. Foi um pequeno gesto, mas eu não senti que tivesse feito alguma coisa. Isso só me lembrou que existem muitas pessoas bem-intencionadas em todos os lugares. Eu acho que a Edith tem essa motivação. Eu tenho essa pequena semente em mim, mas a Edith dedicou a vida dela a isso.

De que modo a série traz esperança?

O amor traz esperança. A série mostra o amor que nós temos uns pelos outros e o que nos une, o que nos aproxima. Isso sempre traz esperança e eu acho que esta série realmente
tenta fazer isso.

Quais são os momentos memoráveis da filmagem para você?

O meu momento favorito é quando a Edith volta e todos estão dançando em torno da fogueira. O Rory [Kinnear] faz o papel do nosso irmão Stephen, e nós nos divertimos muito. Todos tivemos um momento Red Hot Chilli Peppers. Todos nós estávamos cantando na volta daquela filmagem. Foi incrível porque embora estivéssemos interpretando, criando uma memória “falsa” daquela família de ficção, estávamos criando uma memória real para nós e isso foi realmente mágico.

Para além do debate político, as relações familiares tem grande destaque na série (HBO/Divulgação)

Como você acha que será a reação do público?

Eu espero que o público goste. Eu espero que as pessoas gostem dos detalhes, da emoção, da originalidade e da coragem de tudo aquilo. Eu espero que o público seja influenciado e se apaixone por esta série dramática emocionante.

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O que vai surpreender o público?

As reviravoltas. As pessoas nunca vão saber o que vai acontecer. A trama tem muita coisa não convencional. O Russell tem uma grande capacidade na ficção científica e a incrível imaginação dele realmente se destaca nesta série. Você nunca sabe o que os personagens vão fazer. O Russell criou uma família verossímil, devido aos elementos da intimidade da vida doméstica, mas os combina com grandes cenas épicas.

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