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Apneia prejudica a saúde e afeta até o coração

O ronco incomoda, mas não é o único problema da apneia. A fragmentação do sono ao longo da noite pode, com o passar dos anos, prejudicar os vasos e provocar doenças cardiovasculares.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 15 jan 2020, 08h12 - Publicado em 28 fev 2014, 21h00

Os numerosos despertares ao longo da noite podem estar prejudicando silenciosamente sua saúde.
Foto: Getty Images

O que é a apneia

A apneia acontece quando, durante o sono, a garganta fica flácida, se fecha por mais de 10 segundos e o ar não consegue passar, embora o diafragma continue fazendo esforço respiratório. “Quando o organismo percebe que a concentração de oxigênio no sangue diminuiu, a pessoa desperta rapidamente – em geral, ela nem se lembra de ter acordado – e o tônus muscular da região da garganta aumenta, permitindo a respiração”, explica o biólogo Rogério Santos Silva, especialista em ciência do sono, de São Paulo. Em seguida, ela adormece e começa tudo de novo, várias vezes ao longo da noite.

Para ser considerado sintoma da apneia, o ronco precisa vir acompanhado da interrupção da respiração e acontecer com frequência ao longo da noite. Roncos esporádicos, que não prejudicam a respiração, podem acontecer por outros motivos, como o cigarro, que irrita a garganta, o álcool, que relaxa a musculatura da região, e a obesidade, já que a gordura na garganta dificulta a passagem de ar, deixa os músculos flácidos e, consequentemente, a respiração fica mais forçada.
 

Como perceber se tenho o problema

Muita gente não sabe que tem apneia porque afirma dormir bem e acordar revigorada. “Geralmente, quem se incomoda é o parceiro ou a parceira, que não consegue dormir por causa do ronco”, diz o otorrinolaringologista e especialista em medicina do sono Alexandre Nakasato. “Se a pessoa dorme sempre sozinha, é possível que nunca descubra”.

Se você já foi cutucada no meio da noite ou ouviu reclamações por causa do ronco, procure um médico. Ele vai encaminhar você para um exame de polissonografia numa clínica de sono. É o monitoramento durante toda a noite, capaz de identificar mais de 80 distúrbios, que vai dizer se você sofre de apneia.
 

Consequências no dia a dia

Por causa do sono fragmentado, a pneumologista Luciana Palombini, especialista em medicina do sono, de São Paulo, afirma que você pode ter sonolência ao longo do dia, sentir dores de cabeça pela manhã, fadiga e facilidade para dormir a qualquer hora e lugar. Além disso, a capacidade de concentração diminui, a memória falha e você pode ficar mal humorada durante o dia.
 

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Problemas de saúde

“Em cada despertar, a pressão arterial e a frequência cardíaca aumentam e os vasos ficam mais estreitos. O problema é que esse é justamente o momento em que seu corpo precisa que a pressão e a frequência estejam mais baixas e os vasos fiquem dilatados, já que as atividades do organismo estão reduzidas”, explica a cardiologista Glaucilara Reis, especialista em medicina do sono, de São Paulo. Ao longo dos anos em que esse processo se repete, o organismo pode começar a produzir substâncias inflamatórias e a fibra muscular da cavidade do coração aumenta. Assim, o órgão precisa se esforçar mais para conseguir bombear sangue. Todos esses fatores favorecem o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Segundo Glaucilara, a apneia aumenta a probabilidade de se sofrer esse tipo de doença na seguinte proporção:

Hipertensão – 50%

Síndrome coronariana aguda – 30%

Acidente vascular cerebral – 60%

Insuficiência cardíaca – 25%
 

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Tratamento

Depois do diagnóstico, a avaliação sobre qual o melhor tratamento vai depender do fator que originou ou agravou a apneia. Pessoas com problemas de adenoide e amígdala podem se submeter ao procedimento, que funciona em 80% dos casos, segundo Nakasato.

Se o paciente for obeso, é recomendável a perda de peso para diminuir a gordura e tonificar os músculos da garganta. Assim, haverá mais espaço para o ar passar.

Quem tem mandíbula curta pode dormir usando um aparelho acoplado aos dentes para projetá-la para frente, dando mais espaço para a língua e aumentando o canal para a passagem de oxigênio.

Outra opção de tratamento muito comum é o uso do CPAP (sigla, em inglês, para pressão positiva contínua na via aérea). O aparelho tem uma máscara nasal ou facial usada durante toda a noite. Ele joga ar continuamente para dentro das vias aéreas, forçando a abertura da garganta. Conseguindo respirar sem interrupções, você não deixa a apneia acontecer e, consequentemente, fica longe dos vários problemas que ela provoca.

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