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Chocolate: Existe limite? O amargo faz bem para a saúde? E muito mais!

Consumido com moderação, ele pode ser um bom amigo da sua qualidade de vida; especialistas médicos contam tudo sobre o chocolate.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 19h53 - Publicado em 19 abr 2019, 19h20

Chocolate é uma paixão mundial o ano todo, e é natural que na Páscoa os laços com ele fiquem mais estreitos: são ovos e bombons trocados no trabalho, nos cursos, entre amigos, em família… A não ser que haja alguma intolerância alimentar ou promessa envolvida, é bem difícil ficar longe dessa delícia.

E então brotam muitas dúvidas em nossas cabeças. Será que faz mal comer muito chocolate? Tanto faz se o ovo de Páscoa for de chocolate ao leite ou de chocolate amargo? O amargo faz bem para a saúde? A pele vai ficar detonada por causa desse monte de chocolate?

Conversamos com vários especialistas médicos para entender tudo sobre o assunto. Vamos por partes e vamos lá!

Quanto chocolate é permitido comer por dia?

Sabemos que a tentação de comer um ovo de Páscoa inteiro de uma só vez é grande, mas é importante segurar a ondinha: se for chocolate branco ou ao leite, o recomendado pelos especialistas é que sejam consumidos no máximo 25 gramas por dia (equivalente a três quadradinhos de uma barra comum) – na Páscoa e no resto do ano, que fique claro.

“Em excesso, o chocolate pode desencadear alguns processos alérgicos: coceiras, irritação na pele, com vermelhidão e bolhas, insônia e diarreia”, justifica Jacy Maria Alves, endocrinologista do Hospital INC – Instituto de Neurologia e Cardiologia de Curitiba.

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Para o chocolate amargo, o limite é um pouquinho maior: 30 gramas por dia (equivalente a quatro quadradinhos de uma barra comum), de acordo com a nutricionista Regina Pereira, diretora do departamento de nutrição da Socesp – Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.

Chocolate amargo faz bem para a saúde?

O chocolate amargo tem uma “franquia” de consumo um pouco mais alta porque sua composição traz benefícios para a saúde. Antes de irmos a elas, é importante explicar: chocolate amargo é aquele com pelo menos 70% de cacau; menos que isso, é chocolate ao leite, não importa o que a embalagem diga.

O supertrunfo da concentração de cacau está no flavonoide e no polifenol, substâncias antioxidantes que reduzem o LDL (o chamado “colesterol ruim”) e aumentam o HDL (o “colesterol bom”), o que melhora a saúde cardíaca. Sim, o chocolate amargo, quando consumido com moderação, é um protetor cardiovascular!

“Além disso, os polifenois do chocolate amargo combatem os radicais livres”, afirma a dermatologista Monica Fialho, diretora da clínica Barraskin (RJ), que acrescenta que ele também tem oligoelementos (minerais variados ricos em ácidos graxos e vitaminas, porém em quantidades pequenininhas) e suas vantagens se estendem à saúde dos cabelos e das unhas, que ganham em hidratação e tonificação.

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Chocolate amargo também faz bem para os olhos, sabia?

É o que conta o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier: “A flexibilidade das artérias causada pelo polifenol do chocolate amargo melhora toda a circulação, inclusive a da retina. O resultado é a diminuição do risco de DMRI, a degeneração macular relacionada à idade.”

Neste momento você não precisa se preocupar com isso, já que o problema afeta pessoas a partir dos 60-65 anos de idade, mas no futuro essa consciência de consumo fará diferença. Sem contar que a informação sempre pode ajudar sua mãe, suas tias, suas avós e as pessoas de terceira idade que fazem parte da sua vida.

A questão é que a DMRI atinge 3 milhões de brasileiros da terceira idade e é apontada pela OMS – Organização Mundial da Saúde como a maior causa global de cegueira irreversível. A perda da visão, em 90% desses casos, é causada pelo rompimento de neovasos que se formam na retina.

Comer chocolate detona a pele ou não?

Os chocolates branco e ao leite, que têm uma quantidade maior de gordura e de açúcar e menor de cacau entre os ingredientes, podem prejudicar bastante a saúde e a aparência da pele, isso é verdade. “Aumentando a gordura do chocolate, eleva-se a fabricação de sebo pelas glândulas, entupindo os poros e causando espinhas. O açúcar, por sua vez, aumenta o índice glicêmico, o que eleva a insulina e pode ser relacionado ao agravamento da acne”, explica o dermatologista Murilo Drummond, membro da SBD – Sociedade Brasileira de Dermatologia e diretor da clínica DrummonDermato (RJ).

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Já nos chocolates amargos, o flavonoide atua como um anti-inflamatório que pode inclusive amenizar a acne já existente. Eles também beneficiam a pele pela propriedade antioxidante desse elemento, que protege contra os radicais livres e estimula a renovação celular. Segundo Thaís Carvalho, fisioterapeuta dermato-funcional da Onodera Estética, “o cacau retarda o envelhecimento precoce, e outros elementos presentes nele, como vitaminas, minerais e ácidos graxos, também são importantes para manter a pele saudável.”

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