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Cisteamina e microagulhamento: o que há de novo no tratamento para melasma

Além deles, o combate a estas manchas na pele pode ganhar o reforço de um ácido tradicionalmente usado em hemorragias.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 13h15 - Publicado em 13 jul 2019, 09h30

Caracterizado por manchas castanhas que aparecem principalmente no rosto de mulheres em idade fértil – embora possam acometer outras partes do corpo e também mulheres de outras idades e homens –, o melasma não chega a causar nenhum problema físico de saúde, mas pode comprometer bastante a autoestima das pessoas. E, como sabemos, saúde mental é importante e deve ser preservada e tratada.

Pode ser que o fator desencadeante seja o uso de pílula anticoncepcional, a gravidez, a exposição ao sol e mesmo às luzes ultravioletas e visíveis ou uma predisposição genética. Não importa: procurar um tratamento para se livrar das manchas e ficar em paz ao se olhar no espelho é sempre uma boa ideia.

A abordagem tradicional contra essas marcas da pele é com creme de fórmula tríplice (à base de ácido retinoico, hidroquinona e corticoide), mas o cenário começa a mudar com alternativas mais eficazes e menos controversas de tratamentos – quando usada por períodos muito contínuos, a hidroquinona pode causar dermatite de contato e manchas irreversíveis na pele, como as branco-azuladas da ocronose.

As dermatologistas Denise Steiner e Monica Fialho (diretora da Clínica BarraSkin-RJ) contaram ao MdeMulher o que há de mais moderno para o tratamento de melasma.

Antes de irmos a eles, cabe um aviso: todos os tratamentos para pele sempre devem ser realizados por médico ou médica dermatologista, em consultório ou ambiente hospitalar adequado.

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Cisteamina: a revolução no tratamento de melasma

Assim como a hidroquinona, a cisteamina é uma substância clareadora. Sua grande vantagem é não apresentar os efeitos colaterais de sua sucessora.

Ela já vinha sendo estudada havia cerca de cinco anos, mas a dificuldade para neutralizar seu odor forte dificultava sua aplicação comercial. Em 2019, na Suíça, finalmente conseguiram torná-la viável e iniciar tratamentos com ela.

Sua ação é antioxidante e aumenta a quantidade de glutadiona dentro da célula provocando o clareamento da região.
Apesar de não ter efeitos colaterais, a cisteamina é forte, por assim dizer, e requer alguns cuidados. Para começar, a pele não deve ser lavada imediatamente antes de sua aplicação – a proteção da oleosidade natural é muito bem-vinda para que ela não agrida a pele.

Uma vez passada na pele, a cisteamina deve ser retirada depois de cerca de uma hora com água corrente am abundância. Dormir com ela, nem pensar! O clareamento da mancha do melasma começa a ser notado depois de 30 dias de tratamento.

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Microagulhamento contra o melasma

Além de estimular a formação de colágeno, a técnica que perfura camadas de pele com agulhas pequeninas melhora sua vascularização e a ação dos melanócitos (células produtoras de melanina, responsáveis pela pigmentação cutânea), diminuindo gradativamente as manchas do melasma.

Ácido tranexâmico: uma potencial novidade contra o melasma

Tradicionalmente usado no tratamento de hemorragias, o ácido tranexâmico surge como uma potencial alternativa para o tratamento via oral do melasma. Desde 2006, sua aplicação para este fim vem sendo estudada na Coreia do Sul – e os resultados são animadores.

Denise explica que a substância gera uma reação química em relação aos estímulos que levam ao melasma e consegue neutralizar e cortar o primeiro estímulo causador das manchas, seja ele hormonal ou de luz. “É um remédio fora da curva. Por mexer na consistência do sangue, é preciso um cuidado de pesquisa de histórico de trombose e de condição cardíaca da pessoa e de seu histórico familiar”, alerta a dermatologista.

Por enquanto, não há previsão de quando o uso comercial do ácido tranexâmico será considerado ok para o tratamento do melasma.

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