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Enxaqueca e cefaleia: entenda os tipos e causas da dor de cabeça

Na testa, na nuca, atrás dos olhos, nas têmporas... O local da dor de cabeça é importante, mas você também deve ficar atenta a outros sinais

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 17h22 - Publicado em 7 mar 2018, 06h00

Você já deve ter visto o meme em que supostas causas de diferentes tipos de dor de cabeça são mostradas e, no final, a maior dor de cabeça de todas é motivada por algo engraçadinho. Assim:

(Memedroid/Reprodução)

“Postar 1 foto e só ter ‘Lindo da tia’”

(Memedroid/Reprodução)

“Férias acabando”

(Pinterest/Reprodução)

“Meu time”

E muitas outras variações, porque a zoeira nas redes sociais não tem limites.

Mas agora vamos falar sério: a dor de cabeça pode, sim, acometer partes diferentes da cabeça, ser causada por fatores variados e significar mais em relação à sua saúde do que o incômodo de uma pontada localizada ou de uma dor que se move pela caixa craniana.

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Os especialistas Alexandra Raffaini (anestesiologista da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor), Aline Turbino (neurologista, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia e chefe do Setor de Investigação de Cefaleias da Residência Médica de Neurologia do Hospital Santa Marcelina) e Cesar Casarolli (neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurologia) explicaram tudo sobre o assunto.

Dor de cabeça lateral (nas têmporas)

(9nong/ThinkStock)

É um dos principais sintomas da enxaqueca, especialmente se for bem forte, latejante mesmo, e vier acompanhada de fotofobia (sensibilidade extrema à iluminação), incômodo com sons altos, enjoos e até vômitos.

Esta dor de cabeça costuma ocorrer em uma das têmporas por vez, podendo migrar de um lado para o outro durante as crises.

O que fazer: Procurar um médico neurologista ou especialista em dor para averiguar a enxaqueca e indicar o tratamento medicamentoso adequado. Também é bom deitar e ficar de olhos fechados durante as crises, que podem durar horas. A enxaqueca não é frescura, é uma condição incapacitante que precisa ser respeitada.

Dor de cabeça na testa e no topo do crânio

(9nong/ThinkStock)

É uma variação da cefaleia tensional causada por estresse ou consumo excessivo de bebidas alcoólicas ou cafeína (café, chá preto, chimarrão).

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Aqui vale a explicação: cefaleia tensional é a dor de cabeça causada por uma tensão psicológica que pode também gerar dores musculares, especialmente no pescoço.

O que fazer: Cortar o consumo dessas bebidas e diminuir o ritmo de trabalho ou de estudos. Consultar um médico para saber qual analgésico é adequado para as suas condições de saúde.

Dor de cabeça frontal/atrás dos olhos

(andriano_cz/ThinkStock)

Também é uma variação da cefaleia tensional, aqui causada por estresse ou por sinusite (que vem acompanhada de tosse e secreção no nariz e na garganta).

O que fazer: Consultar um clínico geral para checar se é um caso de sinusite. Caso seja, fazer o tratamento necessário; caso não seja, cuidar do estresse e tomar um analgésico recomendado pelo médico.

Dor de cabeça na parte posterior da cabeça/nuca

(VioletaStoimenova/ThinkStock)

Mais uma variação da cefaleia tensional, esta dor de cabeça é resultado de um estresse e uma ansiedade que também causam o enrijecimento dos músculos do pescoço, em ambos os lados. Outro motivo para este tipo de dor de cabeça é a hipertensão ou o aumento pontual da pressão arterial (após um grande esforço físico, por exemplo).

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Há um mito e um medo em torno da dor de cabeça na região da nuca, pela associação com a meningite. Mas calma: ela é UM dos sintomas da doença. Você só deve se preocupar nesse sentido se essa dor de cabeça for muito forte e latejante e vier acompanhada de febre e um mal-estar muito grande, com vômito.

O que fazer: Se você for hipertensa, tomar as medidas habituais para controlar o quadro. Se não for, medir a pressão para verificar se ela está alta. Caso a pressão esteja ok, ficar de olho no estresse e tomar um analgésico receitado por um médico.

Com sintomas associados de meningite, correr para o pronto-socorro para tirar a dúvida e, se for o caso, iniciar o tratamento o quanto antes.

E a dor de cabeça da TPM?

Este sintoma super comum entre as mulheres que sofrem de TPM é ocasionado pela queda do hormônio feminino estrogênio no período que antecede a menstruação.

A melhor forma de lidar com ela é tratando-a preventivamente, ou seja, não esperar que ela surja para então se medicar. Sua ginecologista pode orientar a melhor forma de fazer isso.

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Porém, se você tiver enxaqueca e essa dor de cabeça for agravada no período pré-menstrual, é mesmo o neurologista ou o médico especialista em dor que poderá lhe ajudar.

Automedicação não é uma boa ideia

Por mais que todo mundo esteja acostumado a tomar um analgésico aqui, outro ali quando pinta uma dor de cabeça, essa prática não é nem um pouco aconselhada e pode ser muito perigosa.

“Quanto mais uma pessoa toma um analgésico, mais o cérebro vai querê-lo. Serão desencadeadas novas dores de cabeça para receber mais analgésicos. Torna-se um vício que precisa de tratamento para ser retirado, como qualquer outra dependência química”, explica a neurologista Aline.

Dores de cabeça passageiras também podem requerer uma consulta médica

Muitas vezes, não se dá atenção a dores de cabeça menos fortes e que passam relativamente rápido. Mas é bom ficar atenta também a elas, como orienta Alexandra: “Se forem dores de cabeça crônicas não relacionadas a qualquer diagnóstico, um neurologista ou um médico especializado em dor precisa investigar suas causas.”

Para você não se desesperar e sair correndo depois da segunda dor de cabeça parecida que sentir, Cesar esclarece: “Vale ir a um médico se tiver de duas a três dores de cabeça por semana, por mais que duas semanas consecutivas. Daí, algo não está normal”.

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