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Nem sempre vilão: sabia que algumas doenças melhoram com o sol?

Mas a exposição sem protetor solar sempre deve ser orientada por um médico dermatologista.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 16 jan 2020, 01h23 - Publicado em 1 fev 2019, 21h52

Sempre que se fala em exposição ao sol, é no sentido de proteger a pele o máximo possível, todos os dias, faça chuva ou faça sol (os raios ultravioletas passam pelas nuvens e atacam a pele independentemente do clima). Não é à toa: o câncer de pele não-melanoma, causado pela radiação solar, é o mais comum na população brasileira ano após ano, mesmo com todas as campanhas de conscientização sobre o uso do protetor solar. Além disso, os raios UVA e UVB causam envelhecimento precoce da pele, manchas e outras doenças cutâneas.

Mas há momentos em que o sol não é um vilão para a pele. Longe disso: muitas doenças cutâneas e inflamatórias tem melhoras significativas quando é feita uma exposição orientada e controlada ao sol. É muito importante destacar isso: cada caso é um caso, então é imprescindível que um dermatologista indique quantos minutos são adequados para você.

A dermatologista Betina Stefanello, professora do departamento de dermatologia da Santa Casa de Misericórdia do RJ, membro da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) e sócia da clínica Les Peaux/RJ, e o dermatologista Murilo Drummond, membro efetivo da SBD, falaram ao MdeMulher sobre essas condições.

Psoríase

É uma doença autoimune em que as células da pele se acumulam, formando escamas e manchas que causam muita coceira. Paralelamente ao tratamento medicamentoso com pomadas, o sol entra como agente regenerador das inflamações das células comprometidas, o que melhora a aparência e acalma o incômodo constante.

A exposição ao sol deve ser diária e moderada, até a pele afetada ficar em um tom rosinha. Quando chegar nesse ponto, o protetor solar tem que ser aplicado como de praxe.

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Vitiligo

Também é um processo autoimune, mas desta vez é contra os melanócitos – células que produzem melanina. A exposição ao sol tem como objetivo estimular a volta da produção de melanina nas regiões esbranquiçadas.

Assim como nos casos de psoríase, o limite é quando a pele acometida pela condição ficar em um tom levemente rosa. E o protetor solar entra em ação na sequência.

Pitiríase versicolor

A velha e indesejada micose no tronco e nos ombros. Neste caso, o sol atua para recuperar a melanina e igualar o tom da pele depois que o tratamento contra o fungo da micose estiver encerrado – os remédios matam o fungo, mas não fazem nada em relação às manchas.

A exposição solar sem o protetor pode ser feita por cerca de 15 minutos por dia antes das 10h ou depois das 16h.

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Líquen plano

Trata-se de uma inflamação da pele, mucosas e anexos (cabelos e unhas) que causa lesões vermelho-arroxeadas brilhantes e muita coceira. O tratamento medicamentoso é feito com anti-histamínicos (para aliviar a coceira), corticoides e retinoides. Complementarmente, a exposição ao sol ajuda a acalmar o incômodo.

Doenças inflamatórias

A vitamina D, cuja produção no organismo é estimulada pela exposição ao sol, é um componente muito importante no tratamento de doenças inflamatórias como a artrite e a artrose.

Neste caso, basta ir ao sol com protetor mesmo, por cerca de 15 minutos por dia. Pode até ser dentro de casa, aproveitando os raios que entrem por alguma janela.

BÔNUS: Esqueça o mito de que o sol “seca” a acne

Diante disso, é legal lembrar que, diferentemente do que muitos acreditam, o sol não seca a acne. Pelo contrário: ele resseca a pele muito rapidamente e causa o chamado efeito rebote, em que o organismo percebe esse ressecamento instantâneo e entende que precisa produzir mais sebo para recuperar a pele. O resultado é que a condição da pele fica muito pior logo nos dias seguintes.

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Para tratar a acne é necessário consultar-se com um dermatologista e usar produtos tópicos e orais indicados para sua extensão e gravidade.

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