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‘Presos que Menstruam’: Coletivos e universidade se unem para arrecadar absorventes para prisões brasileiras

"Para o Estado e a sociedade, parece que existem somente 440 mil homens e nenhuma mulher nas prisões do país. Só que, uma vez por mês, aproximadamente 28 mil desses presos menstruam".

Por Andréa Martinelli (colaboradora)
Atualizado em 21 jan 2020, 20h12 - Publicado em 30 jul 2015, 09h52

É com a frase acima, dita por Heidi Cerneka, coordenadora da Pastoral Carcerária nacional para as questões femininas que a jornalista Nana Queiroz inicia o livro Presos que Menstruam, lançado neste mês pela Editora Record, e que expõe a triste realidade das mulheres prisões femininas no Brasil. No livro-reportagem, a jornalista denuncia, entre outras questões, a falta de produtos de higiene pessoal nas penitenciárias.

O kit básico recebido todo mês pelas prisioneiras, por exemplo, inclui, geralmente, dois rolos de papel higiênico e dois pacotes com oito absorventes cada, o que é insuficiente para mulheres que tem um fluxo menstrual intenso.

Para tentar resolver o problema, algumas detentas costumam usar miolo de pão como absorvente íntimo. Jornal também costuma ser utilizado como papel higiênico por algumas detentas.

Sensibilizados com as condições desumanas a que estas mulheres são expostas, internautas se mobilizaram e criaram campanhas no Facebook para arrecadar absorventes para as detentas que estão em presídios do Rio de JaneiroSão Paulo e Rio Grande do Sul.

“O sistema carcerário brasileiro trata as mulheres exatamente como trata os homens. Isso significa que não lembra que elas precisam de papel higiênico para duas idas ao banheiro em vez de uma, de papanicolau, de exames pré-natais e de absorventes internos”, escreveu Nana em uma reportagem para a revista Galileu.

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No Rio de Janeiro, a coleta está sendo organizada pelo Coletivo Saaanta Mãe e receberá os produtos até 30 de agosto. “O projeto inicia sua caminhada, a ideia é grande, mas vamos dar um passo por vez. Nesse primeiro momento PEDIMOS DOAÇÕES DE ABSORVENTES, por mais simples que possa parecer isso fara uma grande diferença na vida dessas mulheres”, diz em descrição do evento no Facebook. Os pontos de doação e como doar você pode ver clicando aqui.

“Resolvemos nos unir pra trazer o mínimo de dignidade e de condições pra elas viverem dentro da prisão. Vamos fazer diferença na vida dessas mulheres”, diz Andreia Chulvis, organizadora do evento de São Paulo. Os pontos de coleta estão espalhados pela cidade e listados neste link.

No Rio Grande do Sul, as doações podem ser feitas na PUC-RS. Lá eles aceitam papel higiênico, absorventes e quaisquer outros produtos de higiene pessoal. Veja como doar aqui. Na universidade, as doações poderão ser feitas até o dia 31 de agosto.

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