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Qual a importância de levar a sério o horário do anticoncepcional

Segundo uma pesquisa, quase 40% das brasileiras não consideram necessário esse cuidado.

Por Priscila Doneda
Atualizado em 21 jan 2020, 03h32 - Publicado em 19 out 2016, 13h39

Um dos principais resultados da pesquisa Millennials e Contracepção – Por que nos esquecemos?, realizada pela Bayer, aponta que as jovens brasileiras são as que mais se esquecem de tomar pílula anticoncepcional – e isso é preocupante. Outro aspecto sensível destacado pelo estudo é que 58% delas não tomam a pílula no mesmo horário todos os dias e quase 40% não consideram necessário esse cuidado.

Para saber qual a real importância de levar a sério o horário do contraceptivo, conversamos com a Dra. Bárbara Murayama, Ginecologista e Coordenadora da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, de São Paulo. Segundo ela, as medicações devem ser manipuladas de acordo com o tempo de duração no organismo, variando de tipo para tipo. “De forma geral, as pílulas devem ser usadas a cada 24 horas; adesivos, a cada semana; injeções, uma vez ao mês; anel vaginal, uma vez ao mês; e DIUs, a cada cinco ou dez anos, dependendo do tipo do dispositivo”, esclarece. “Isso acontece por conta das características farmacológicas de cada componente do anticoncepcional, como o tempo de absorção, tempo de duração na circulação sanguínea e dose de cada medicação naquela pílula ou dispositivo”, explica.

Apesar das orientações, a especialista ressalta a importância de sempre seguir as recomendações do médico caso a caso. “Os anticoncepcionais hormonais são medicações e cada um tem uma maneira específica para ser administrada. Isso é estudado pelos fabricantes, com base em estudos de dose de cada medicação, entre outros fatores. Portanto, é preciso, sim, seguir a orientação do ginecologista”, atenta. “As pílulas anticoncepcionais são de uso diário, então, a cada 24 horas, é preciso repetir a dose, ou seja, tomar a próxima para manter o nível hormonal e ter os efeitos esperados. Cada pílula tem um prazo de tolerância que pode variar de seis a 12 horas de atraso da tomada, sem que a medicação perca a ação. Essas informações são contidas na bula e devem ser informadas pelo médico que prescrever a medicação”, ensina.

Ile Machado Ile Machado

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Dessa maneira, é necessário ter disciplina para que a eficácia seja a máxima possível. “Os hormônios interferem em ações cíclicas do nosso corpo, como a ovulação e a menstruação, por exemplo. Quando não mantemos um padrão, o corpo pode não entender bem qual resposta precisa dar e podem acontecer falhas”, comenta a médica sobre o uso típico dos diversos métodos anticoncepcionais. De acordo com ela, ao não respeitar o horário estipulado, a mulher assume alguns riscos, como os de gravidez indesejada, sangramentos irregulares e, nos casos em que a medicação é usada para o controle de alguma doença (como endometriose ou síndrome dos ovários policísticos), pode até acabar atrapalhando esse tratamento.

Por isso, é importante informar que o uso do anticoncepcional deve ser feito da maneira mais disciplinada possível. “É uma medicação, assim como um remédio para pressão alta ou diabetes. Tem benefícios, mas tem efeitos colaterais também. Não se deve tomar sem indicação médica, porque é um remédio e há pessoas que têm contraindicação absoluta para uso, como pessoas que tiveram trombose ou têm alto risco para ter essa doença, por exemplo”, alerta a Dra. Bárbara.

Além disso, é essencial que a tomada ou a aplicação do contraceptivo faça parte da rotina e isso se torne cada vez mais fácil e regular. “Associar o ato a uma atividade diária, semanal ou mensal é uma boa dica para ajudar a lembrar e também existem aplicativos de celular que podem nos auxiliar nessa tarefa”, sugere a profissional.

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