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Síndrome de Burnout: a doença causada pelo excesso de trabalho

O seu trabalho provoca tanto estresse que você se sente continuamente esgotada?

Por Priscila Doneda
Atualizado em 20 jan 2020, 16h50 - Publicado em 3 abr 2017, 20h04

Apesar de ter sido descoberta há décadas, a Síndrome de Burnout só passou a ser discutida no Brasil recentemente. Com a constante preocupação em manter o emprego diante um cenário de crise e a incessante cobrança por resultados sempre melhores, o mal já atinge cerca de 30% dos brasileiros e 4% da população mundial, de acordo com a International Stress Management Association (ISMA). Os números são preocupantes, especialmente porque o Brasil só fica atrás do Japão no ranking geral da doença.

Apesar de ainda não ter um conceito definitivo, a Síndrome consiste no estado de exaustão emocional, mental e física do indivíduo, sempre tendo relação com o estresse excessivo e prolongado causado pelo trabalho. Alguns fatores, quando combinados e apresentados em excesso, servem de gatilho para essa situação. “Entre eles, estão a rotina profissional desgastante; falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional; vício em trabalho; nível muito alto de exigência o tempo todo; problemas de relacionamento com superiores, colegas e clientes; falta de autonomia; sentimento de autossuficiência; negatividade; insatisfação; sentimento de exploração e desvalorização; sobrecarga e ausência de uma válvula de escape”, enumera Zora Viana, psicóloga e coach da Consultoria Atitude Emocional.

Os casos se tornaram tão frequentes que a Síndrome de Burnout foi registrada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID – 10) – então, ela passou a ser considerada doença ocupacional. “Apesar de todas as profissões estarem sujeitas a ela, as mais afetadas são as que exigem envolvimento interpessoal direto e intenso. São exemplos as áreas da saúde, educação, assistência social, bombeiros e policiais, entre outros”, comenta a especialista.

Apesar de muitas pessoas a confundirem com estresse, cada um desses quadros tem suas particularidades:

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Síndrome de Burnout

  • Falta de engajamento
  • Emoções apáticas
  • Falta de amparo e esperança
  • Os primeiros sintomas são emocionais
  • Pode causar depressão

Estresse

  • Excesso de engajamento
  • Emoções exageradas
  • Sensação de urgência e hiperatividade
  • Os primeiros sintomas são físicos
  • Pode causar transtornos de ansiedade

Como os sintomas iniciais podem se confundir com os da depressão, é muito importante procurar a ajuda de um profissional qualificado para um diagnóstico adequado da Síndrome de Burnout. Vale pontuar também que ela não aparece de repente, mas, como é silenciosa, pode ir progredindo com o passar dos anos. “Em caráter emocional, o indivíduo que sofre da Síndrome pode apresentar comportamentos como agressividade, isolamento, confusão interior, desânimo para o trabalho, atitudes negativas, monotonia e sensação de que não possui tempo suficiente para realizar as tarefas”, explica a psicóloga.

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Além disso, o corpo também dá sinais de que está exausto. “É possível que apareçam também sintomas físicos, como dor de cabeça, enxaqueca, cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta, dores musculares, insônia, crises de asma, distúrbios gastrointestinais e, em mulheres, é comum a alteração no ciclo menstrual. Alguns sintomas disfuncionais também devem ser observados, como falta de libido ou insatisfação sexual, além da insuficiência ou exagero do apetite e do sono”, alerta.

Para um tratamento adequado, Zora recomenda o acompanhamento psicológico e, se necessário, psiquiátrico. Porém, ela ressalta a importância fundamental de mudar o estilo de vida. “É importante que o psicólogo consiga identificar se é o comportamento do paciente ou o ambiente de trabalho que acarreta as situações de estresse”, orienta. “Mas também não adiantará fazer uso de medicamentos e continuar com a mesma rotina que o fez adoecer. É preciso uma mudança de posicionamento do indivíduo sobre o ambiente, as tarefas e a rotina de trabalho”, atenta.

Por isso, a dica da especialista para ficar longe desse problema é uma só! “Buscar qualidade de vida é o grande segredo para superar e restabelecer o equilíbrio pessoal“, garante. Para isso, “é recomendado avaliar as condições de trabalho, não se sobrecarregar, prestar atenção em como começa o dia, praticar exercícios físicos, ter uma alimentação saudável, não consumir drogas, ter momentos de lazer, descansar a mente, controlar o estresse e aprimorar a inteligência emocional”, finaliza.

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